Pacheco Pereira. “Se fosse cidadão dos EUA tinha votado Bernie Sanders”

Pacheco Pereira. “Se fosse cidadão dos EUA tinha votado Bernie Sanders”


É um imenso arquivo distribuído por mais de sete casas. São mais de cinco quilómetros de documentos e objetos. Nas casas da Marmeleira há objetos improváveis e diversos, desde retratos dos heróis do trabalho soviéticos, uma estátua de um Guterres africano de tanga, mais de um milhão de selos, até aos arquivos de Sá Carneiro.


Se tivesse votado nos Estados Unidos teria votado Trump, Hilary Clinton ou Bernie Sanders?

Votaria Bernie Sanders. É ele que é a verdadeira revolução ao lado do Trump. Embora eu ache que Trump também é revolucionário. Ele não é um conservador, não é um fascista.

Um fascista pode ser um revolucionário na medida que cria uma alteração estrutural.

Mas não é nesse sentido. É um autoritário. Há tweets dele absolutamente inaceitáveis. Aquilo que ele diz no Twitter, ameaçando cortar os fundos públicos à Universidade de Berkeley porque cancelaram uma sessão com um apoiante dele por ter havido distúrbios na universidade: eu também acho mal que tenham cancelado a intervenção, mas um presidente não pode ameaçar uma universidade fazendo bullying no Twitter.

Ele sabe para onde quer ir?

Acho que ele tem tanta confiança em si que pensa que com meia dúzia de ordens muda o mundo. Depois, se aquilo sair mal, entra em falência, que foi aquilo que já aconteceu meia dúzia de vezes.

Vamos acabar mal?

Vamos acabar mal com o Trump. Ele também pode acabar mal, pode ter um impeachment. Há coisas que ele faz que violam a democracia. Aqui, a grande traição é do Partido Republicano. Estão todos calados agora. O takeover dos republicanos é inaceitável.

Leia a entrevista na íntegra na edição impressa do i, já nas bancas