A Agência Tributária Espanhola apresentou, junto do Ministério Público, uma denúncia contra Fábio Coentrão, para que se investigue se o jogador português cometeu delito fiscal ao ter ocultado os rendimentos que recebeu pelos seus direitos de imagem.
Este é um procedimento já usado contra Radamel Falcao e Ricardo Carvalho, por exemplo, relativo aos anos em que os antigos jogadores do FC Porto jogaram em Espanha (Atlético e Real Madrid, respetivamente). Segundo o jornal "El Confidencial", Coentrão terá utilizado, desde 2011, uma empresa com sede no Panamá que recebia doutra sociedade de origem irlandesa, MIM – a mesma supostamente utilizada por Cristiano Ronaldo com o mesmo fim – o dinheiro correspondente aos direitos de imagem, informação divulgada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação. Este grupo também informou sobre o suposto desvio de 150 milhões de euros feito por Ronaldo para um paraíso fiscal nas ilhas Virgens Britânicas.
Ricardo Carvalho esteve há dias em Madrid para procurar solucionar o seu caso, mas as Finanças ainda não tinham calculado quanto deveria pagar. O central português, ex-Mónaco e atualmente sem clube, decidiu entregar o montante indicado pelos seus advogados para ter a seu favor uma atenuante que poderá minorar a pena a que poderá vir a ser condenado.
A Gestifute, empresa gerida por Jorge Mendes, já divulgou entretanto um certificado da declaração de impostos passado pela Agência Tributária Espanhola a Cristiano Ronaldo, ilibando o português de qualquer fuga ao fisco. "Na sequência de notícias vindas a público dando conta de alegadas irregularidades nas declarações de rendimentos de Cristiano Ronaldo, vimos por este meio divulgar a declaração emitida pela Agência Tributária Espanhola confirmando que Cristiano Ronaldo se encontra em dia com as suas obrigações fiscais, como sempre esteve em todos os países em que residiu», pode ler-se na publicação. Cristiano Ronaldo sempre esteve e está de boa-fé em todo este processo, como comprova o facto de não estar, nem nunca ter estado, envolvido em nenhum conflito com as autoridades fiscais de qualquer país", pode ler-se na nota.