Este prazo é válido tanto para os investidores estratégicos, como para aqueles que estão interessados na operação em mercado. À venda direta apresentaram-se BPI, BCP, Apollo Management e Centerbridge e Lone Star, enquanto na opção de aumento de capital está interessado o China Minsheng Financial Holding, do grupo chinês Minsheng.
No entanto, o presidente do Novo Banco, António Ramalho, tem vindo a revelar que a “prioridade específica” continua a ser a venda direta e destacou que é uma boa notícia” que “os quatro concorrentes aparentemente estejam a criar condições para poderem fazer as suas ofertas”.
Para já, afastada estará a proposta que terá sido feita pelo Haitong (antigo Banco Espírito Santo Investimento liderado ainda por José Maria Ricciardi) para encontrar investidores fora do concurso internacional lançado pelo Banco de Portugal e Fundo de Resolução.
Urgência na venda Apesar de Portugal ter-se comprometido com a Comissão Europeia em vender 100% da instituição e dos ativos até final de julho de 2017, a verdade é que o governo tem todo o interesse em fechar este dossier até ao final do ano.
Ainda assim, se há um ano se receava que as propostas fossem insuficientes para compensar o capital inicial injetado no Novo Banco em 2014, de 4900 milhões de euros ou, até mesmo, os 3900 milhões de euros emprestados pelo Estado ao Fundo de Resolução, as propostas que estão agora em cima da mesa, tudo indica que, serão bem mais baixas.
A 3 de agosto de 2014, o Banco de Portugal tomou o controlo do Banco Espírito Santo (BES), depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.
Mais cortes Ainda esta semana, António Ramalho garantiu ter conseguido cumprir o plano de saídas que estava desenhado para 2016 e que implicava a redução de cerca mil postos de trabalho. Acabaram por sair 1 253 pessoas da instituição financeira. No entanto, mantém-se a possibilidade de haver mais cortes já no próximo ano, caso a instituição continue a manter as ajudas do Estado.
Isto significa que, caso o banco não seja vendido, há um compromisso com Bruxelas que implica a redução de mais 500 postos de trabalho e ainda a obrigação de fechar mais 475 balcões até ao final do primeiro semestre de 2017.