Os pais têm direito a ter filhos não vacinados


O pior é que os filhos destes esquerdalhos podem acabar por contaminar as crianças de direita, não só com varíola mas, pior, com o esquerdismo que herdaram dos pais. E podem levar a que as crianças de direita comecem a criticar os próprios pais por comerem carne


Há pais hippies de esquerda que se recusam a vacinar os seus filhos. Estão no seu direito e devem ser elogiados como pais preocupados que são. Um bom pai tem o dever de proteger o seu filho de apanhar autismo, mesmo que o estudo, memes ou vídeos de YouTube que os levaram a tomar essa decisão sejam infundados. Um pai que se preocupa com a saúde de um filho não pode ficar indiferente perante um meme assustador que lhe diz que o filho se tornará autista por causa das vacinas. Tem o dever de informar-se junto de um profissional de saúde que, certamente, lhe vai assegurar que o meme está errado. Depois é decisão dele acreditar num meme que alguém preparou em cinco minutos ou no profissional de saúde que estudou dez anos. As pessoas têm o direito inalienável à liberdade de serem ignorantes e o Estado não pode interferir nesse direito, mesmo quando está em causa a saúde pública. O que pode o Estado fazer? Tirar os filhos a esses pais e dar-lhes as vacinas à força, traumatizando-os para a vida, mesmo que os esteja a proteger de apanhar doenças? É que, se o Estado começar a obrigar os pais a vacinarem os filhos, onde é que isso vai parar? Vão proibir a disfunção erétil, obrigando todos os homens a tomar Viagra? Nós temos direito a ter disfunção erétil, assim como os pais têm direito a ter filhos não vacinados e que são um risco para a saúde pública.

É claro que estas crianças vão beneficiar da imunidade de grupo. É improvável que apanhem alguma doença por causa da atitude altruísta dos pais que, por terem o espírito crítico de não acreditar em tudo o que leem na internet, vacinaram os seus filhos, mesmo arriscando que estes se tornem autistas. Graças à imunidade de grupo, as crianças não vacinadas estão protegidas. Pelo menos, enquanto o discurso antivacinas se limitar a um subgrupo de lunáticos. Mas estão simplesmente a usufruir do seu direito à ignorância.

Da mesma maneira que eles têm o direito a ser ignorantes, os pais das crianças vacinadas também têm o direito de impedir os seus filhos de conviverem com crianças não vacinadas. Se eles arriscaram que os seus filhos tivessem autismo (de acordo com estudos já descredibilizados) e os vacinaram, é natural que tenham receio que estes convivam com crianças não vacinadas. O problema é que, a não ser que apanhem varíola ou tuberculose, é muito difícil identificar estas crianças.

Muitas vezes, pais responsáveis de direita acabam por receber em sua casa crianças não vacinadas por puro desconhecimento. Em festas de aniversário, por exemplo. Só o percebem tarde demais, quando recebem o telefonema de um esquerdalho a avisá-los para terem cuidado porque o filho dele só come fruta caída das árvores e nunca experimentou coca–cola. Aí já é tarde demais e é complicado retirarem o convite.

É terrível quando um pai de direita é obrigado a abrir a porta a hippies descalços só porque o filho teve a infeliz ideia de convidar o seu amigo não vacinado a ir brincar lá a casa. Depois é obrigado a fazer conversa de circunstância com esquerdalhos e ouvi-los falar mal do neoliberalismo, das touradas e do Dr. Passos Coelho. No fundo, as coisas boas da vida. O pior é que os filhos destes esquerdalhos podem acabar por contaminar crianças de direita, não só com varíola mas, pior, com o esquerdismo que herdaram dos pais. E podem levar a que as crianças de direita comecem a criticar os próprios pais por comerem carne, por os terem vacinado ou por gerirem empresas que fazem mal ao ambiente.

Da mesma maneira que um pai tem o direito de não vacinar o seu filho, os outros pais têm o direito de não deixarem os seus filhos serem amigos de crianças não vacinadas. Isto só pode ser feito se estas crianças estiverem bem identificadas. Como são um risco para a saúde pública, devem ser obrigadas a andar com um rótulo indicativo da sua toxicidade, como qualquer bidão que contenha produtos tóxicos. Assim, os pais já podem dizer aos filhos para não falarem com crianças tóxicas porque podem morrer. Liberdade é isto.


Os pais têm direito a ter filhos não vacinados


O pior é que os filhos destes esquerdalhos podem acabar por contaminar as crianças de direita, não só com varíola mas, pior, com o esquerdismo que herdaram dos pais. E podem levar a que as crianças de direita comecem a criticar os próprios pais por comerem carne


Há pais hippies de esquerda que se recusam a vacinar os seus filhos. Estão no seu direito e devem ser elogiados como pais preocupados que são. Um bom pai tem o dever de proteger o seu filho de apanhar autismo, mesmo que o estudo, memes ou vídeos de YouTube que os levaram a tomar essa decisão sejam infundados. Um pai que se preocupa com a saúde de um filho não pode ficar indiferente perante um meme assustador que lhe diz que o filho se tornará autista por causa das vacinas. Tem o dever de informar-se junto de um profissional de saúde que, certamente, lhe vai assegurar que o meme está errado. Depois é decisão dele acreditar num meme que alguém preparou em cinco minutos ou no profissional de saúde que estudou dez anos. As pessoas têm o direito inalienável à liberdade de serem ignorantes e o Estado não pode interferir nesse direito, mesmo quando está em causa a saúde pública. O que pode o Estado fazer? Tirar os filhos a esses pais e dar-lhes as vacinas à força, traumatizando-os para a vida, mesmo que os esteja a proteger de apanhar doenças? É que, se o Estado começar a obrigar os pais a vacinarem os filhos, onde é que isso vai parar? Vão proibir a disfunção erétil, obrigando todos os homens a tomar Viagra? Nós temos direito a ter disfunção erétil, assim como os pais têm direito a ter filhos não vacinados e que são um risco para a saúde pública.

É claro que estas crianças vão beneficiar da imunidade de grupo. É improvável que apanhem alguma doença por causa da atitude altruísta dos pais que, por terem o espírito crítico de não acreditar em tudo o que leem na internet, vacinaram os seus filhos, mesmo arriscando que estes se tornem autistas. Graças à imunidade de grupo, as crianças não vacinadas estão protegidas. Pelo menos, enquanto o discurso antivacinas se limitar a um subgrupo de lunáticos. Mas estão simplesmente a usufruir do seu direito à ignorância.

Da mesma maneira que eles têm o direito a ser ignorantes, os pais das crianças vacinadas também têm o direito de impedir os seus filhos de conviverem com crianças não vacinadas. Se eles arriscaram que os seus filhos tivessem autismo (de acordo com estudos já descredibilizados) e os vacinaram, é natural que tenham receio que estes convivam com crianças não vacinadas. O problema é que, a não ser que apanhem varíola ou tuberculose, é muito difícil identificar estas crianças.

Muitas vezes, pais responsáveis de direita acabam por receber em sua casa crianças não vacinadas por puro desconhecimento. Em festas de aniversário, por exemplo. Só o percebem tarde demais, quando recebem o telefonema de um esquerdalho a avisá-los para terem cuidado porque o filho dele só come fruta caída das árvores e nunca experimentou coca–cola. Aí já é tarde demais e é complicado retirarem o convite.

É terrível quando um pai de direita é obrigado a abrir a porta a hippies descalços só porque o filho teve a infeliz ideia de convidar o seu amigo não vacinado a ir brincar lá a casa. Depois é obrigado a fazer conversa de circunstância com esquerdalhos e ouvi-los falar mal do neoliberalismo, das touradas e do Dr. Passos Coelho. No fundo, as coisas boas da vida. O pior é que os filhos destes esquerdalhos podem acabar por contaminar crianças de direita, não só com varíola mas, pior, com o esquerdismo que herdaram dos pais. E podem levar a que as crianças de direita comecem a criticar os próprios pais por comerem carne, por os terem vacinado ou por gerirem empresas que fazem mal ao ambiente.

Da mesma maneira que um pai tem o direito de não vacinar o seu filho, os outros pais têm o direito de não deixarem os seus filhos serem amigos de crianças não vacinadas. Isto só pode ser feito se estas crianças estiverem bem identificadas. Como são um risco para a saúde pública, devem ser obrigadas a andar com um rótulo indicativo da sua toxicidade, como qualquer bidão que contenha produtos tóxicos. Assim, os pais já podem dizer aos filhos para não falarem com crianças tóxicas porque podem morrer. Liberdade é isto.