Os jogadores da seleção portuguesa ouviram ontem rasgados elogios do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém. Todos os jogadores vão ser condecorados com o grau de Comendador da Ordem do Mérito. Ontem receberam um “alvará de concessão de ordem honorífica” e nos próximos tempos – ainda não existe uma data concreta – voltarão a Belém para receberem as medalhas.
“As medalhas ainda não estão feitas e serão entregues oportunamente”, explicou ao i fonte da Presidência. Além disso, as condecorações dos 23 jogadores e da equipa técnica liderada por Fernando Santos têm de ser publicadas previamente no Diário da República. A intenção do chefe de Estado de receber os jogadores nesta segunda-feira, numa varanda exterior do Palácio de Belém, foi anunciada antes do jogo com a França. Marcelo afirmou, após a vitória de Portugal, que iria condecorar toda a equipa.
A homenagem foi feita ao início da tarde. “São os melhores da Europa pela competência, pela capacidade de trabalho, pela inteligência, mas também pela unidade (…) Foi essa humildade e esse espírito coletivo que nos deram a vitória”, disse o Presidente da República à equipa.
Marcelo Rebelo de Sousa não esqueceu que “continuamos a ter problemas económicos, políticos e sociais. O dia de hoje é, nesse sentido, igual ao de ontem. Mas não é. Há uma diferença: a diferença foi o vosso exemplo do que é ganhar com coragem, determinação, capacidade de luta, humildade e espírito de equipa. Hoje temos mais razões para acreditar em Portugal”.
Marcelo rezou “muitos terços” O Presidente elogiou a “liderança tão eficiente, tão inteligente, tão calma, que nunca teve medo de nada” do treinador Fernando Santos. Mas também não poupou nos elogios aos jogadores. O “toque de calcanhar” de Cristiano Ronaldo ou “a defesa” de Rui Patrício que permitiu a passagem às meias-finais. “Não há génios. É tão importante um golo marcado com um calcanhar genial como a defesa de um penálti que nos dá a vitória.” O Presidente da República confessou que rezou “muitos terços” para que a equipa portuguesa tivesse sucesso. “Ainda vou a Fátima por conta disso”, admitiu o Presidente, citado pela Rádio Renascença.
O Presidente da República e o primeiro–ministro assistiram à final com a França no domingo. António Costa disse que “só ir à final é um grande prémio, mas ganhar é único”.