Sócrates. MP acusou 13 jornalistas por violação do segredo de justiça

Sócrates. MP acusou 13 jornalistas por violação do segredo de justiça


Em causa estão os profissionais do Semanário SOL, da Revista Sábado e do Correio da Manhã.


O Ministério Público requereu o julgamento de 13 jornalistas e diretores de três meios de comunicação social por violação do segredo de Justiça na Operação Marquês.

Segundo o i apurou, em causa estão os profissionais do Semanário SOL, da Revista Sábado e do Correio da Manhã.

Num comunicado publicado no site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa pode ler-se  que este processo “teve origem numa participação do DCIAP por suspeitas de violação do segredo de justiça relativamente à divulgação noticiosa da detenção do ex-primeiro ministro José Sócrates, no dia 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa.” 

Sempre sem referir o nome dos jornalistas acusados, o MP salienta que “ficou suficientemente indiciado que publicaram inúmeras notícias na sequência daquela detenção no período compreendido entre 23.11.2014 e 30.03.15, tendo por objeto a divulgação do conteúdo de atos processuais, de meios específicos de obtenção de prova e de outros elementos contidos no processo vulgarmente designado como ‘Caso Marquês’.”

Na nota é ainda referido que os jornalistas tinham conhecimento que tudo o que divulgaram estava sujeito a segredo de justiça.

Os restantes jornalistas que também tinham sido constituídos arguidos viram, no entanto, o seu processo ser arquivado. O MP justifica tal decisão com o facto de “o conjunto da prova pessoal, documental e real recolhida não adquirir consistência indiciária quanto à prática do crime de violação de segredo de justiça”. Foi este o caso dos jornalistas e diretores do Jornal i, do Diário de Notícias, do Expresso, do Público, do Jornal de Notícias, da SIC e da TVI.