O banqueiro reagiu através do seu advogado: Proença de Carvalho disse ao jornal Observador que a decisão «é uma farsa» e que já estava pré-definida independentemente do que se viesse a apurar.
As condenações surgem após uma investigação do BdP à comercialização de dívida da Espírito Santo International (ESI) junto dos clientes do banco e da gestora de ativos do grupo, a ESAF. O ex-presidente do BES foi condenado por cinco tipos de irregularidades: não implementação de um sistema de informação e comunicação, não implementação de um sistema de gestão de risco sólido e eficaz, prática de atos dolosos de gestão ruinosa, prestação de falsas informações e violação das regras sobre conflito de interesses. Salgado, de 71 anos, fica ainda proibido de exercer qualquer tipo de atividade na banca nos próximos dez anos. Vai recorrer para os tribunais.
Outros ex-gestores do BES e de sociedades do Grupo Espírito Santo foram condenados: Amílcar Morais Pires e José Manuel Espírito Santo (600 mil e 525 mil euros e proibição de ocupar cargos na banca nos próximos três anos), José Maria Ricciardi, presidente do Haitong (60 mil euros) e Joaquim Goes (100 mil euros). O BdP absolveu pelo menos outros seis ex-gestores do BES.