O desplante


Chegámos a um ponto da vida política nacional em que tudo é possível. Tudo e o seu contrário. Colocando a maioria dos cidadãos numa espécie de redoma ilusória e intransponível, integrante de uma realidade fictícia e altamente manipulada por quem exerce o poder. Aquilo que parece cada vez mais o é, mesmo quando sabemos no…


O desplante instalou-se. Tudo fruto de uma euforia bacoca e infantil sobre uma união ideológica salvadora contra os malefícios do rigor, da seriedade e da dureza da verdade e dos factos.

Um novo rumo contra o empobrecimento e a austeridade, diziam de boca cheia e pulmões abertos. Vendem-nos esta ideia como se de uma verdade empírica se tratasse quando, na realidade, o que estão a fazer não é mais que venderem-nos gato por lebre. Perderam-se grandes publicitários, mas ganharam-se grandes farsantes.

Os sinais do desplante começam a chegar, as vozes de alerta também. A economia, que para o mal e para o bem vinha mostrando sinais de recuperação, caminha para o declínio. Vendem-nos a ilusão de que estamos melhor, que nos devolveram rendimentos. Mas o que nos dão tiram-nos diariamente em taxas e contribuições que vamos pagando sem nos darmos conta. A austeridade passou a solidariedade, mas isso não faz com que uma mentira deixe de ser uma mentira.

Estamos entregues a um conjunto de tipos que nos dão a falsa sensação de que nos estão a governar quando, na realidade, estão a fazer aquilo que sempre fizeram. E nós, povo de brandos costumes, como dizem, sabemos disso. Como também sabemos que, quando as vacas perderem as asas, seremos nós a apanhá-las do chão.

Escreve à segunda-feira


O desplante


Chegámos a um ponto da vida política nacional em que tudo é possível. Tudo e o seu contrário. Colocando a maioria dos cidadãos numa espécie de redoma ilusória e intransponível, integrante de uma realidade fictícia e altamente manipulada por quem exerce o poder. Aquilo que parece cada vez mais o é, mesmo quando sabemos no…


O desplante instalou-se. Tudo fruto de uma euforia bacoca e infantil sobre uma união ideológica salvadora contra os malefícios do rigor, da seriedade e da dureza da verdade e dos factos.

Um novo rumo contra o empobrecimento e a austeridade, diziam de boca cheia e pulmões abertos. Vendem-nos esta ideia como se de uma verdade empírica se tratasse quando, na realidade, o que estão a fazer não é mais que venderem-nos gato por lebre. Perderam-se grandes publicitários, mas ganharam-se grandes farsantes.

Os sinais do desplante começam a chegar, as vozes de alerta também. A economia, que para o mal e para o bem vinha mostrando sinais de recuperação, caminha para o declínio. Vendem-nos a ilusão de que estamos melhor, que nos devolveram rendimentos. Mas o que nos dão tiram-nos diariamente em taxas e contribuições que vamos pagando sem nos darmos conta. A austeridade passou a solidariedade, mas isso não faz com que uma mentira deixe de ser uma mentira.

Estamos entregues a um conjunto de tipos que nos dão a falsa sensação de que nos estão a governar quando, na realidade, estão a fazer aquilo que sempre fizeram. E nós, povo de brandos costumes, como dizem, sabemos disso. Como também sabemos que, quando as vacas perderem as asas, seremos nós a apanhá-las do chão.

Escreve à segunda-feira