Ora nada é mais ilusório e alguns dados da prestação económica portuguesa confirmam-no.
Em seis meses, o volume de negócios caiu 5,7%, com a confiança dos consumidores a recuar a 2013. O défice cresceu 108 milhões de euros em relação ao ano anterior e a divida pública aumentou 1,7 mil milhões. As exportações caem 3,9% e as importações 0,8%, e o desemprego aumenta para 12,4%.
Claro que, para este governo ilusionista, o aumento do desemprego atribui-se ao aumento da população ativa. Mas os recentes dados do INE demonstram precisamente o contrário, desmentindo-os categoricamente. A verdade é que em seis meses se destruíram em Portugal cerca de 48 mil empregos – um número preocupante para quem afirmava criar, só durante este ano, cerca de 40 mil.
Óbvio que, enquanto surgem estes números, o governo, cuja atividade legislativa neste primeiro semestre foi inexistente, entretém-nos com vacas a voar. O problema é que o sítio onde as vacas voam é ficcional e imaginário. O nosso mundo, o nosso dia-a-dia é real e, quando isso se perceber, as vacas acabarão por cair – e aí talvez seja tarde demais.
Escreve à segunda-feira