Seis meses de ilusões


Os primeiros seis meses de governo de António Costa têm sido um amontoado de ilusões que, fruto de uma máquina propagandística bem oleada e de um certo amparo de alguma comunicação social, nos tem feito crer que, de facto, as nossas vidas estão a melhorar e que a situação económica do país recupera e sobrevive…


Ora nada é mais ilusório e alguns dados da prestação económica portuguesa confirmam-no.

Em seis meses, o volume de negócios caiu 5,7%, com a confiança dos consumidores a recuar a 2013. O défice cresceu 108 milhões de euros em relação ao ano anterior e a divida pública aumentou 1,7 mil milhões. As exportações caem 3,9% e as importações 0,8%, e o desemprego aumenta para 12,4%.

Claro que, para este governo ilusionista, o aumento do desemprego atribui-se ao aumento da população ativa. Mas os recentes dados do INE demonstram precisamente o contrário, desmentindo-os categoricamente. A verdade é que em seis meses se destruíram em Portugal cerca de 48 mil empregos – um número preocupante para quem afirmava criar, só durante este ano, cerca de 40 mil.

Óbvio que, enquanto surgem estes números, o governo, cuja atividade legislativa neste primeiro semestre foi inexistente, entretém-nos com vacas a voar. O problema é que o sítio onde as vacas voam é ficcional e imaginário. O nosso mundo, o nosso dia-a-dia é real e, quando isso se perceber, as vacas acabarão por cair – e aí talvez seja tarde demais.

Escreve à segunda-feira

 

Seis meses de ilusões


Os primeiros seis meses de governo de António Costa têm sido um amontoado de ilusões que, fruto de uma máquina propagandística bem oleada e de um certo amparo de alguma comunicação social, nos tem feito crer que, de facto, as nossas vidas estão a melhorar e que a situação económica do país recupera e sobrevive…


Ora nada é mais ilusório e alguns dados da prestação económica portuguesa confirmam-no.

Em seis meses, o volume de negócios caiu 5,7%, com a confiança dos consumidores a recuar a 2013. O défice cresceu 108 milhões de euros em relação ao ano anterior e a divida pública aumentou 1,7 mil milhões. As exportações caem 3,9% e as importações 0,8%, e o desemprego aumenta para 12,4%.

Claro que, para este governo ilusionista, o aumento do desemprego atribui-se ao aumento da população ativa. Mas os recentes dados do INE demonstram precisamente o contrário, desmentindo-os categoricamente. A verdade é que em seis meses se destruíram em Portugal cerca de 48 mil empregos – um número preocupante para quem afirmava criar, só durante este ano, cerca de 40 mil.

Óbvio que, enquanto surgem estes números, o governo, cuja atividade legislativa neste primeiro semestre foi inexistente, entretém-nos com vacas a voar. O problema é que o sítio onde as vacas voam é ficcional e imaginário. O nosso mundo, o nosso dia-a-dia é real e, quando isso se perceber, as vacas acabarão por cair – e aí talvez seja tarde demais.

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