Dívida pública voltou a subir em termos absolutos no 1.º trimestre

Dívida pública voltou a subir em termos absolutos no 1.º trimestre


Dados do Banco de Portugal indicam que remessas dos emigrantes portugueses continuam a cair. De Angola vieram menos 9,6%


Portugal tinha uma dívida pública equivalente a 128,9% do PIB no final de março, o que representa uma diminuição de apenas 0,1 pontos percentuais em relação ao final do trimestre anterior.

De acordo com o boletim estatístico do Banco de Portugal, divulgado esta quinta-feira, a dívida pública atingiu os 233 mil milhões de euros em março. Em termos absolutos, isso significa um acréscimo de 1697 milhões de euros relativamente ao final de dezembro.

Se excluirmos os depósitos das administrações públicas, a dívida pública líquida de Portugal atingiu os 218,6 mil milhões de euros em março, isto é, 120,9% do PIB. No final de dezembro, era de 218 mil milhões de euros (121,6% do PIB).

Remessas continuam a cair

Os dados ontem divulgados pelo banco central revelam ainda que as remessas dos emigrantes registaram uma quebra de 14% no final do primeiro trimestre.

Em termos acumulados, as remessas totalizaram os 681 milhões de euros até março, o que representa uma quebra de 107 milhões de euros em relação aos primeiros três meses de 2015.

Só em março, o valor enviado pelos trabalhadores portugueses no estrangeiro diminuiu 0,5% para 262 milhões de euros,

Já as remessas dos estrangeiros a trabalhar em Portugal atingiram os 42 milhões de euros, o que traduz um aumento de 5,2% face ao primeiro trimestre do ano passado. Em relação ao início do ano, os dados do Banco de Portugal apontam para uma diminuição de cerca de três milhões de euros.

Em termos acumulados, as remessas dos estrangeiros totalizaram os 126 milhões no final de março, o que representa um acréscimo de três milhões relativamente ao primeiro trimestre de 2015.

Os dados do BdP revelam que as remessas dos portugueses em Angola continuam a cair. Nos primeiros três meses do ano foram enviados 50,2 milhões de euros, ou seja, menos 9,6% do que o dinheiro remetido no primeiro trimestre do ano passado. Em sentido contrário, os angolanos a trabalhar em Portugal enviaram cinco milhões de euros, o que representa uma descida de 2,9%.