Os preços do gasóleo e da gasolina têm uma redução que deverá rondar entre um e 1,5 cêntimos por cada litro. Mas esta não vai ser a única alteração desta semana, uma vez que é já na quinta-feira que o governo vai rever o imposto sobre produtos petrolíferos (ISP), o que deverá significar uma nova descida no preço dos combustíveis.
A redução pode ser explicada pela queda do preço do petróleo nos mercados internacionais. Mas, mesmo assim, os preços dos combustíveis mantêm–se muito acima dos valores do final do ano passado. E também acima dos que eram praticados na altura em que o executivo reviu em alta o ISP.
Já a revisão do imposto sobre produtos petrolíferos acontece três meses depois do aumento desta tributação e, de acordo com a fórmula de cálculo já avançada pelo executivo, os preços deverão descer cerca de dois cêntimos.
O agravamento do ISP entrou em vigor em fevereiro, ainda antes do Orçamento do Estado para 2016, e penalizou os combustíveis em seis cêntimos por litro.
Desde o início do ano, a gasolina subiu 12 cêntimos e o gasóleo 11 cêntimos, sem que o ISP fosse revisto, já que estava previsto que a revisão acontecesse apenas trimestralmente. A primeira revisão está marcada para esta semana e depois disto só voltará a ser feita em agosto e novembro.
No entanto, mesmo que se verifique uma descida de dois cêntimos por litro, as reduções continuam a não compensar as subidas de preço que se têm verificado nos últimos meses.
De acordo com os últimos dados de Bruxelas, depois dos impostos, o preço médio da gasolina praticado em Portugal é um dos mais caros de toda a União Europeia. À frente de Portugal – nesta lista de países que apresenta os preços médios de gasolina mais elevados – só aparecem Holanda, Itália, Suécia e Dinamarca, onde o preço médio por litro fica entre os 1,446 e 1,493 euros. Já no caso do gasóleo, os preços praticados em Portugal colocam o país na oitava posição.
Os três países com gasolina mais barata são a Roménia, Bulgária e Chipre, com preços médios por litro inferiores a 95 cêntimos. Ainda de acordo com estes dados, o fator que mais pesa no preço dos combustíveis é a fiscalidade.