Uma farsa delirante


A discussão do Plano Nacional de Reformas e do Programa de Estabilidade constituiu uma das maiores farsas da história política parlamentar dos últimos tempos, sobretudo se tomarmos em consideração as declarações públicas de BE e PCP sobre o assunto e aquilo que na realidade fizeram aquando da sua votação e discussão.


“Não concordamos, mas não queremos criar problemas.” A tónica foi mais ou menos esta ao longo da última semana, sempre que estes partidos foram confrontados com a sua opinião sobre o assunto. Não perderam oportunidade de mostrar mediaticamente o seu desagrado, sempre na tentativa manipuladora dos media e de mostrar que são todos tipos sérios e que defendem o interesse nacional como ninguém, mas na hora de votar estiveram ao lado dos seus proponentes, aprovando os documentos com uma enorme tranquilidade.

Este tem sido o espelho da atuação destes partidos. Sustentam uma postura defensora do interesse nacional, ao lado dos desprotegidos e das injustiças da vida, mas na realidade não são em nada diferentes daqueles que nos habituámos a ouvi-los criticar.

A aprovação de um Programa de Estabilidade que baseia o seu cenário macroeconómico numa ilusão e ignora propositadamente o agravamento visível da atividade económica portuguesa, e de um Plano Nacional de Reformas que acresce mais de 8 mil milhões de euros à despesa do Estado eleva estes partidos ao estatuto de autores, quando até aqui eram apenas cúmplices no desvario e no retrocesso que se avizinha no nosso país.

Todo este delírio, toda esta farsa vão trazer-nos um custo bastante significativo. Não só estamos a retroceder nas políticas como estamos também a retroceder no tempo. Quase a chegar a 2011 e todos já sabemos o que isso significa.

Escreve à segunda-feira

Uma farsa delirante


A discussão do Plano Nacional de Reformas e do Programa de Estabilidade constituiu uma das maiores farsas da história política parlamentar dos últimos tempos, sobretudo se tomarmos em consideração as declarações públicas de BE e PCP sobre o assunto e aquilo que na realidade fizeram aquando da sua votação e discussão.


“Não concordamos, mas não queremos criar problemas.” A tónica foi mais ou menos esta ao longo da última semana, sempre que estes partidos foram confrontados com a sua opinião sobre o assunto. Não perderam oportunidade de mostrar mediaticamente o seu desagrado, sempre na tentativa manipuladora dos media e de mostrar que são todos tipos sérios e que defendem o interesse nacional como ninguém, mas na hora de votar estiveram ao lado dos seus proponentes, aprovando os documentos com uma enorme tranquilidade.

Este tem sido o espelho da atuação destes partidos. Sustentam uma postura defensora do interesse nacional, ao lado dos desprotegidos e das injustiças da vida, mas na realidade não são em nada diferentes daqueles que nos habituámos a ouvi-los criticar.

A aprovação de um Programa de Estabilidade que baseia o seu cenário macroeconómico numa ilusão e ignora propositadamente o agravamento visível da atividade económica portuguesa, e de um Plano Nacional de Reformas que acresce mais de 8 mil milhões de euros à despesa do Estado eleva estes partidos ao estatuto de autores, quando até aqui eram apenas cúmplices no desvario e no retrocesso que se avizinha no nosso país.

Todo este delírio, toda esta farsa vão trazer-nos um custo bastante significativo. Não só estamos a retroceder nas políticas como estamos também a retroceder no tempo. Quase a chegar a 2011 e todos já sabemos o que isso significa.

Escreve à segunda-feira