A insegurança nos locais de diversão

A insegurança nos locais de diversão


As forças de segurança conhecem a rotina de cor. Noites de sexta-feira, sábado e vésperas de feriado são sinónimo de muito álcool e de distúrbios. Os episódios desta semana causaram polémica porque ficaram registados em vídeo. Mas há casos mais graves


Esfaqueado no Cais em 2014

Diogo Sousa tinha 28 anos e trabalhava nas Caraíbas. Era arquiteto. Desenhava hotéis e resorts de luxo. No verão de 2014 estava com um grupo de amigos no Cais do Sodré quando interveio num confronto em que participava uma amiga sua. Ao perceber que a jovem estava a ser agredida por um membro de um gangue, Diogo foi em seu socorro, mas acabou por ser esfaqueado no pulmãoe no coração. Foi levado para o Hospital de São José, onde acabou por morrer. 

Desapareceu ao sair do Urban

Outro dos casos que marcam a insegurança da noite lisboeta foi o desaparecimento de um jovem de 24 anos a 7 de fevereiro de 2013, após uma noite na discoteca Urban, em Lisboa. Os seguranças dizem que não expulsaram o jovem, mas as imagens terão demonstrado que este foi convidado a sair. João Medeiros, natural dos Açores, nunca mais apareceu.

Desmantelada rede violenta

O caso está prestes a chegar a julgamento e poderá provar que a violência nem sempre é motivada pelos frequentadores de discotecas e bares. A SPDE, de Eduardo Silva, terá montado uma rede de intimidação e coação sobre empresários da noite. O objetivo seria, em alguns casos com recurso a violência extrema, garantir o controlo maioritário da segurança em espaços de diversão noturna de Lisboa, Porto e outros pontos do país. O processo tem várias dezenas de arguidos constituídos.o Displ