BE e PCP isolados na crítica ao “golpe” no Brasil

BE e PCP isolados na crítica ao “golpe” no Brasil


A aprovação do processo de destituição (impeachment) de Dilma Rousseff pela câmara dos deputados do Brasil mereceu fortes críticas das bancadas do PCP e do BE. Joana Mortágua, do BE, abriu hoje os trabalhos parlamentares com uma declaração política toda dedicada à crise política brasileira.


Das restantes bancadas parlamentares, só o PCP subscreveu as críticas, referindo-se ao processo de destituição da Presidente do Brasil, que agora espera aprovação ou não do Senado, como um "golpe da direita". 

"O impeachment é a vitória de um sistema iníquo e de uma direita conservadora que viu uma oportunidade para assaltar ao poder", disparou Joana Mortágua. 

"Quando o seu motivo é político e não judicial, quando faltam provas, quando se forjam argumentos, então estamos perante uma farsa, um puro golpe de oportunistas", acrescentou a deputada do BE.

Mortágua ainda desafiou as bancadas do PSD e CDS a pronunciarem-se. "Acham mesmo que é pela democracia e pela transparência que se move a direita golpista no Brasil?", atirou. Sem sucesso. 

Carla Cruz, do PCP, não perdeu tempo, e deu a resposta. "O que move a destituição é a tentativa (da direita) de alcançar o que não conseguiram nas eleições" de 2014, das quais Dilma Rousseff saiu vencedora no segundo turno. 

A deputada comunista reafirmou "a solidariedade do PCP para com o povo brasileiro" e referiu-se às declarações de voto dos mais de 500 deputados que votaram o impeachment da Presidente do Brasil como "reacionárias".