A horrível semana de Costa


A última semana não foi fácil para o primeiro-ministro, com vários episódios a demonstrarem a fragilidade do seu executivo, mas sobretudo a debilidade das suas políticas e da sua ação. 


O atípico Conselho de Estado, com a presença de Draghi, foi um osso duro de roer na narrativa socialista, sobretudo quando confrontada com a necessidade de continuação de reformas do governo anterior e com a (elevada) probabilidade de insucesso da sua política económico-financeira. 

Como um azar nunca vem só, o desconforto semanal do PM não ficou por ali. Que o digam os seus João Soares e Azeredo Lopes. Sobre o primeiro, já não há muito a dizer. Fez o que tinha de ser feito depois da infeliz publicação no Facebook onde prometia umas “bofetadas” aos críticos. Um excesso pessoal que lhe custou caro, mas também uma revelação confirmadora de que existe uma espécie de tentação controleira do PS sobre a comunicação Social e sobre os seus críticos. Já o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, esteve mal ao permitir a demissão do chefe do Estado-Maior do Exército, sobretudo sem a explicação e o apuramento cabal do que se passou no Colégio Militar. Uma espécie de abafo factual, mas que ainda vai dar que falar. 

Por último, foi o próprio PM, numa entrevista ao “DN”, a reconhecer a existência de um facilitador do Estado, seu amigo de longa data. Um benemérito “obrigado” a ter contrato contra a sua vontade, mas que na verdade anda por aí a negociar em nosso nome sem que tenhamos a mínima hipótese de o escrutinar. Tudo em nome da amizade e do interesse nacional. Claro que aos paladinos dos bons costumes (BE e PCP) nem uma palavrinha se lhes ouviu. Tempos novos requerem sempre novas atitudes. Eles que o digam. 

Escreve à segunda-feira 


A horrível semana de Costa


A última semana não foi fácil para o primeiro-ministro, com vários episódios a demonstrarem a fragilidade do seu executivo, mas sobretudo a debilidade das suas políticas e da sua ação. 


O atípico Conselho de Estado, com a presença de Draghi, foi um osso duro de roer na narrativa socialista, sobretudo quando confrontada com a necessidade de continuação de reformas do governo anterior e com a (elevada) probabilidade de insucesso da sua política económico-financeira. 

Como um azar nunca vem só, o desconforto semanal do PM não ficou por ali. Que o digam os seus João Soares e Azeredo Lopes. Sobre o primeiro, já não há muito a dizer. Fez o que tinha de ser feito depois da infeliz publicação no Facebook onde prometia umas “bofetadas” aos críticos. Um excesso pessoal que lhe custou caro, mas também uma revelação confirmadora de que existe uma espécie de tentação controleira do PS sobre a comunicação Social e sobre os seus críticos. Já o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, esteve mal ao permitir a demissão do chefe do Estado-Maior do Exército, sobretudo sem a explicação e o apuramento cabal do que se passou no Colégio Militar. Uma espécie de abafo factual, mas que ainda vai dar que falar. 

Por último, foi o próprio PM, numa entrevista ao “DN”, a reconhecer a existência de um facilitador do Estado, seu amigo de longa data. Um benemérito “obrigado” a ter contrato contra a sua vontade, mas que na verdade anda por aí a negociar em nosso nome sem que tenhamos a mínima hipótese de o escrutinar. Tudo em nome da amizade e do interesse nacional. Claro que aos paladinos dos bons costumes (BE e PCP) nem uma palavrinha se lhes ouviu. Tempos novos requerem sempre novas atitudes. Eles que o digam. 

Escreve à segunda-feira