Papéis do Panamá. Ausência de nomes americanos revolta a China

Papéis do Panamá. Ausência de nomes americanos revolta a China


Para já, ainda não é conhecida qualquer ligação dos Estados Unidos aos Papéis do Panamá, documentos divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação. O certo é que até ao final da semana vão ser divulgados mais dados, que prometem “abanar” mais uma série de instituições, personalidades e países.


Pouco satisfeita com a divulgação destes documentos está a China. Um jornal do Partido Comunista da China já classificou esta operação como uma campanha de “desinformação” em que Washington possui “particular influência” e que tem como alvo líderes de países não ocidentais. As autoridades chinesas já vieram proibir a divulgação de quaisquer informações relacionadas com este caso.

Especializada em esquemas de evasão fiscal e com uma carteira de clientes prestigiados, a Mossack Fonseca tem mais escritórios na China que em qualquer outro país. Conta com delegações em oito cidades chinesas, incluindo Hong Kong.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, já veio assegurar que os EUA “continuam a ser um dos principais defensores da necessidade de uma maior transparência do sistema financeiro internacional” e considerou que essa transparência é a chave para “acabar de raiz” com a corrupção e o financiamento de organizações terroristas.

O responsável sublinhou ainda que os departamentos do Tesouro e da Justiça dos EUA têm peritos que “examinam regularmente as transações do mercado internacional para detetar a conformidade com leis e sanções norte-americanas”.