Autárquicas: as eleições que mobilizam o PSD


A conversa de meias tintas não tem lugar neste PSD. A ambição do partido é ter mais votos, ter mais mandatos, ter mais freguesias e mais câmaras. É, resumindo, recuperar o PSD como maior partido de implantação autárquica nacional.


Como bem frisou Pedro Passos Coelho, o PSD não está nem aí para as eleições legislativas. Se não for antes, o país falará sobre isso lá para 2019. Mas até lá há duas eleições muito importantes para o PSD disputar – e juntar às vitórias conseguidas nas regionais da Madeira, legislativas e presidenciais. São elas as regionais dos Açores e as autárquicas. 
As autárquicas são o chapéu mais largo para 308 combates corpo a corpo pelo país.

À entrada dos 40 anos do poder local democrático, o objetivo do PSD não podia ser mais claro: reconquistar a liderança da Associação Nacional de Municípios e da Associação Nacional de Freguesias em 2017. Outros, que não no PSD, contentam–se com derrotas “poucochinhas”. A conversa de meias tintas não tem lugar neste PSD. A ambição do partido é ter mais votos, ter mais mandatos, ter mais freguesias e mais câmaras. É, resumindo, recuperar o PSD como maior partido de implantação autárquica nacional. 

Para chegar a esse objetivo é preciso consolidar ou até alargar as maiorias nos círculos onde o PSD é poder, e reconquistar o poder onde os sociais-democratas são oposição. 

É incontestável que o PSD tem hoje uma nova geração de quadros políticos muito qualificada, uma geração absolutamente europeia que pode emprestar ao poder local uma estratégia com abrangência, tolerância e mundo. E pode emprestar isso porque o que a história nos diz é que os militantes sociais-democratas têm uma vocação de serviço autárquico e um espírito de missão localista. Toda a finalidade da ação política são as pessoas, como dizia Sá Carneiro.

É precisamente este património personalista que serve de mola ao PSD como grande partido autárquico nacional. De norte a sul do país têm de avançar os candidatos que estiverem mais bem preparados e que tiverem melhores condições para ganhar. Como o congresso bem sinalizou, ninguém se deve furtar ao combate. Todos têm o dever de dar a cara pelo partido na disputa de um futuro melhor para as nossas cidades e para Portugal. Sem taticismos políticos, gestão de egos e calendários ou predisposições paroquiais. 

Como grande partido de implantação nacional, o PSD não se demitirá de ir a jogo em nenhum concelho deste país. Deve até esperar um confronto com a coligação de governo socialista-bloquista-comunista, que é expetável se replique pelo país ao nível local. É esse o passo natural, o estádio evolutivo seguinte, de uma solução política que se diz “credível, estável e duradoura”, nas palavras do primeiro--ministro e secretário-geral do PS. Difícil? Até 2015, a esquerda também nunca se tinha unido para governar. O que o passado nos diz é que, em 2013, o PS só concorreu coligado com o BE em duas câmaras. Em nenhuma o fez com a CDU. Para roubar as palavras a António Costa, é tempo de derrubar este muro. No Porto, por mero taticismo político, o PS já deixou cair os braços para apoiar um candidato conotado com a direita. E no Alentejo, será que para evitar derrotas o PS se cola à locomotiva comunista? E em Lisboa, será que o BE e o PCP apoiam os socialistas? A seguir. 

As autarquias são uma das grandes realizações do 25 de abril. Os autarcas em geral e os do PSD em particular são os responsáveis por esse sucesso de aproximação das cidades a um padrão de qualidade de vida europeu. As candidaturas sociais-democratas terão uma marca de água: propostas políticas inovadoras na construção de um Estado social local, princípios e gestão rigorosos e afirmação dos concelhos como órgãos vitais no corpo da administração do Estado. As candidaturas têm de compreender que o poder local entrou numa nova fase, o seu terceiro ciclo de desenvolvimento.

Admitindo que o primeiro foi o da infraestruturação do território, e o segundo o de equipamento do território, este terceiro ciclo já não é de hardware, é de software. É o ciclo de aposta nas pessoas, na subsidiariedade e na economia sustentável. É este ciclo que os autarcas de um partido reformista e social-democrata moderno devem verter nos seus programas. 

Em cada freguesia, em cada autarquia, o PSD já trabalha para uma grande vitória em 2017. Uma vitória que abra um novo ciclo político na vida dos concelhos e de Portugal. 


Autárquicas: as eleições que mobilizam o PSD


A conversa de meias tintas não tem lugar neste PSD. A ambição do partido é ter mais votos, ter mais mandatos, ter mais freguesias e mais câmaras. É, resumindo, recuperar o PSD como maior partido de implantação autárquica nacional.


Como bem frisou Pedro Passos Coelho, o PSD não está nem aí para as eleições legislativas. Se não for antes, o país falará sobre isso lá para 2019. Mas até lá há duas eleições muito importantes para o PSD disputar – e juntar às vitórias conseguidas nas regionais da Madeira, legislativas e presidenciais. São elas as regionais dos Açores e as autárquicas. 
As autárquicas são o chapéu mais largo para 308 combates corpo a corpo pelo país.

À entrada dos 40 anos do poder local democrático, o objetivo do PSD não podia ser mais claro: reconquistar a liderança da Associação Nacional de Municípios e da Associação Nacional de Freguesias em 2017. Outros, que não no PSD, contentam–se com derrotas “poucochinhas”. A conversa de meias tintas não tem lugar neste PSD. A ambição do partido é ter mais votos, ter mais mandatos, ter mais freguesias e mais câmaras. É, resumindo, recuperar o PSD como maior partido de implantação autárquica nacional. 

Para chegar a esse objetivo é preciso consolidar ou até alargar as maiorias nos círculos onde o PSD é poder, e reconquistar o poder onde os sociais-democratas são oposição. 

É incontestável que o PSD tem hoje uma nova geração de quadros políticos muito qualificada, uma geração absolutamente europeia que pode emprestar ao poder local uma estratégia com abrangência, tolerância e mundo. E pode emprestar isso porque o que a história nos diz é que os militantes sociais-democratas têm uma vocação de serviço autárquico e um espírito de missão localista. Toda a finalidade da ação política são as pessoas, como dizia Sá Carneiro.

É precisamente este património personalista que serve de mola ao PSD como grande partido autárquico nacional. De norte a sul do país têm de avançar os candidatos que estiverem mais bem preparados e que tiverem melhores condições para ganhar. Como o congresso bem sinalizou, ninguém se deve furtar ao combate. Todos têm o dever de dar a cara pelo partido na disputa de um futuro melhor para as nossas cidades e para Portugal. Sem taticismos políticos, gestão de egos e calendários ou predisposições paroquiais. 

Como grande partido de implantação nacional, o PSD não se demitirá de ir a jogo em nenhum concelho deste país. Deve até esperar um confronto com a coligação de governo socialista-bloquista-comunista, que é expetável se replique pelo país ao nível local. É esse o passo natural, o estádio evolutivo seguinte, de uma solução política que se diz “credível, estável e duradoura”, nas palavras do primeiro--ministro e secretário-geral do PS. Difícil? Até 2015, a esquerda também nunca se tinha unido para governar. O que o passado nos diz é que, em 2013, o PS só concorreu coligado com o BE em duas câmaras. Em nenhuma o fez com a CDU. Para roubar as palavras a António Costa, é tempo de derrubar este muro. No Porto, por mero taticismo político, o PS já deixou cair os braços para apoiar um candidato conotado com a direita. E no Alentejo, será que para evitar derrotas o PS se cola à locomotiva comunista? E em Lisboa, será que o BE e o PCP apoiam os socialistas? A seguir. 

As autarquias são uma das grandes realizações do 25 de abril. Os autarcas em geral e os do PSD em particular são os responsáveis por esse sucesso de aproximação das cidades a um padrão de qualidade de vida europeu. As candidaturas sociais-democratas terão uma marca de água: propostas políticas inovadoras na construção de um Estado social local, princípios e gestão rigorosos e afirmação dos concelhos como órgãos vitais no corpo da administração do Estado. As candidaturas têm de compreender que o poder local entrou numa nova fase, o seu terceiro ciclo de desenvolvimento.

Admitindo que o primeiro foi o da infraestruturação do território, e o segundo o de equipamento do território, este terceiro ciclo já não é de hardware, é de software. É o ciclo de aposta nas pessoas, na subsidiariedade e na economia sustentável. É este ciclo que os autarcas de um partido reformista e social-democrata moderno devem verter nos seus programas. 

Em cada freguesia, em cada autarquia, o PSD já trabalha para uma grande vitória em 2017. Uma vitória que abra um novo ciclo político na vida dos concelhos e de Portugal.