10 “instantâneos” sobre o congresso do PSD


1 – Passos saiu do coma induzido em que se encontrava desde que, sem saber bem como, foi nomeado líder da oposição. Cinco meses depois, a avaliar pelo discurso mais “activista”, a depressão parece desanuviar-se.


2 – Menos deprimido, mas igual a si próprio. Com Passos, os amigos são para todas as ocasiões, mesmo as mais desastradas. A integração de Maria Luís na direcção do partido prova que Passos fica ao lado de todos os excomungados do momento, desde que sejam seus aliados de sempre.

3 – A oposição fez-se sentir, mas muito baixinho. O discurso de José Eduardo Martins tocou nos pontos essenciais do desastre governativo, mas foi cauteloso quanto baste para não sair dali alcandorado a futuro líder. Pedro Duarte ainda foi mais soft. Este não é o tempo.

4 – Paulo Rangel, ex-adversário, aliado, crítico e outras coisas mais, fez uma proposta que autoproclamou “fracturante”. Acabar com o tratamento habitual no país dos doutores e engenheiros. É uma boa proposta, mas mais difícil de implantar que o casamento gay.

5 – A ausência de Rui Rio parece estar a fazer cumprir um destino de ausente crónico. Provavelmente, será assim.

6 – Santana Lopes always be Santana Lopes. O povo social-democrata adora e, na realidade, as intervenções de Santana nos congressos do PSD começam a transformar-se em património cultural. Reabriu as portas para ser candidato à Câmara de Lisboa depois de as ter fechado há um mês em entrevista à Rádio Renascença. “Keep cool”, disse Santana. E “carry on”, podemos acrescentar. Santana é o mesmo e o PSD gosta, desde que não esteja a ocupar o cargo de primeiro-ministro.

7 – Passos Coelho não consegue disfarçar o seu odiozinho com o “Presidente Rebelo de Sousa”. É o único apátrida no país “do Marcelo”.

8 – Apesar da multiplicação das listas para o Conselho Nacional e de um menor número de votos na eleição da Comissão Política (eventualmente por causa de Maria Luís Albuquerque), Passos manteve o poder sem grandes ondas.

9 – A renovação da direcção não se percebeu qual é. Mas nestas coisas a teoria do melão aplica-se.

10 – Com sorte, Passos ainda cumpre o destino de Mariano Rajoy, naquela parte em que conseguiu ser primeiro-ministro depois de derrotas profundas.

10 “instantâneos” sobre o congresso do PSD


1 – Passos saiu do coma induzido em que se encontrava desde que, sem saber bem como, foi nomeado líder da oposição. Cinco meses depois, a avaliar pelo discurso mais “activista”, a depressão parece desanuviar-se.


2 – Menos deprimido, mas igual a si próprio. Com Passos, os amigos são para todas as ocasiões, mesmo as mais desastradas. A integração de Maria Luís na direcção do partido prova que Passos fica ao lado de todos os excomungados do momento, desde que sejam seus aliados de sempre.

3 – A oposição fez-se sentir, mas muito baixinho. O discurso de José Eduardo Martins tocou nos pontos essenciais do desastre governativo, mas foi cauteloso quanto baste para não sair dali alcandorado a futuro líder. Pedro Duarte ainda foi mais soft. Este não é o tempo.

4 – Paulo Rangel, ex-adversário, aliado, crítico e outras coisas mais, fez uma proposta que autoproclamou “fracturante”. Acabar com o tratamento habitual no país dos doutores e engenheiros. É uma boa proposta, mas mais difícil de implantar que o casamento gay.

5 – A ausência de Rui Rio parece estar a fazer cumprir um destino de ausente crónico. Provavelmente, será assim.

6 – Santana Lopes always be Santana Lopes. O povo social-democrata adora e, na realidade, as intervenções de Santana nos congressos do PSD começam a transformar-se em património cultural. Reabriu as portas para ser candidato à Câmara de Lisboa depois de as ter fechado há um mês em entrevista à Rádio Renascença. “Keep cool”, disse Santana. E “carry on”, podemos acrescentar. Santana é o mesmo e o PSD gosta, desde que não esteja a ocupar o cargo de primeiro-ministro.

7 – Passos Coelho não consegue disfarçar o seu odiozinho com o “Presidente Rebelo de Sousa”. É o único apátrida no país “do Marcelo”.

8 – Apesar da multiplicação das listas para o Conselho Nacional e de um menor número de votos na eleição da Comissão Política (eventualmente por causa de Maria Luís Albuquerque), Passos manteve o poder sem grandes ondas.

9 – A renovação da direcção não se percebeu qual é. Mas nestas coisas a teoria do melão aplica-se.

10 – Com sorte, Passos ainda cumpre o destino de Mariano Rajoy, naquela parte em que conseguiu ser primeiro-ministro depois de derrotas profundas.