“Não precisamos que o império nos presenteie com nada”, escreveu Fidel num artigo com o título “O irmão Obama”, publicado hoje no jornal oficial Granma.
O ex-líder cubano, que em agosto completa 90 anos, lembrou as “palavras melosas” de Obama, que desafiou Cuba e EUA a esquecer o passado e a olhar para o futuro, para assegurar que reiterar as divergências entre os dois países. “Que ninguém se iluda, o povo deste país nobre e desinteressado não renunciará à glória, aos direitos e à riqueza espiritual que conquistou com o desenvolvimento da educação, da ciência e da cultura”, acrescentou.
Fidel lembrou ainda a invasão da Baía dos Porcos, em 1961, momento histórico que reforçou a divisão entre EUA e a Cuba revolucionária. “Uma força mercenária com canhões e infantaria blindada, equipada com aviões, foi treinada e acompanhada por navios de guerra e porta-aviões dos EUA, atacando de surpresa o nosso país”, escreveu. “Nada poderá justificar aquele ataque que custou ao nosso país centenas de baixas entre mortos e feridos”, insistiu.
Sobre a sugestão de Obama para que os dois países enterrem “os últimos vestígios da Guerra Fria”, Fidel Castro desafiou Barack Obama a refletir sobre o que classifica como “uma modesta sugestão” e a evitar teorizar sobre a política interna cubana.