Uma “questão de civismo”, alegou. Foi alvo imediato de contestação e de gozo nas redes sociais, acentuando uma tendência que parece estar a fazer caminho: os ministros da Economia são os mais profícuos do Governo em tiros ao lado na argumentação política.
Decretam o fim da crise antes de recessões, dão bitaites sobre negócios de empresários e têm poucos travões linguísticos. A escola de Manuel Pinho tem seguidores.
Manuel Pinho
“A crise acabou e vive-se um ponto de viragem na economia. Já não se fala de recessão e em investimento zero. Agora o que se discute é se o crescimento é de 1% ou de 1,2%”
13 de outubro de 2006
“Somos um país competitivo em termos de custos. Os custos salariais são mais baixos do que a média da União Europeia”
China, visita oficial a 31 de Janeiro de 2007
“O doutor Paulo Rangel tem de comer muita papa Maizena para chegar aos calcanhares de Basílio Horta”
5 de Maio de 2009
Álvaro Santos Pereira
“Prefiro que me chamem Álvaro do que me chamem ministro”
25 de Junho de 2011
“O próximo ano certamente irá marcar o fim da crise e será o ano da retoma para o crescimento de 2013 e 2014”
14 de Novembro de 2011
“Porque é que não existe um franchising de pastéis natas?”
12 de Janeiro de 2012
“O desemprego tem de ser uma preocupação de todos nós e todos temos de trabalhar em conjunto – sindicatos, patrões e partidos – para conseguirmos ultrapassar este coiso”
18 de Maio de 2012
Pires de Lima
“Eliminámos muitas taxas e taxinhas. Só espero que a administração loocaaaal – nomeadamente aqui na zooonaaa de Lisboooooa, liderada pelo autaaaarca, que é também candidato socialista a primeiro-miniiiiistro, António Coooooosta – tenha o mesmo poder para resistir às tentações que demonstrou o Goveeeeerno”
24 Outubro de 2014
“Às vezes, se para fazer passar determinadas mensagens positivas, é preciso ser um pouco mais criativo ou até excêntrico, eu faço esse papel. Hoje não serei criativo.”
7 de Novembro de 2014
Manuel Caldeira Cabral
“Há muito para fazer na restauração. Muitas pessoas não levam os filhos pequenos ao restaurante para não incomodar, mas são pessoas que têm poder de compra”
1 de Março de 2016
Muitos portugueses acabam por ir abastecer-se em Espanha. Deixo um apelo a que as pessoas evitem fazer isso, porque no fundo estão a pagar impostos a Espanha, em vez de os pagarem a Portugal, mesmo tendo um desconto. Por civismo, é de pedir às pessoas que evitem fazer isso.
11 de Março de 2016