“Via-se na caras deles que não estavam à espera, foi um murro no estômago, Marcelo encostou-os à parede”, considerou ainda na entrevista à jornalista Maria Flor Pedroso. Freitas diz que o novo Presidente da República até foi buscar os contributos do PCP na Constituição — “E eles perceberam”. Freitas considera que Marcelo “os vai trazer [PCP e BE] mais para o arco da governação, sem forçar, inteligentemente”.
Entretanto, vinte e quatro horas passada da cerimónia na Assembleia de República, as críticas e comentários ao facto de PCP e BE não terem aplaudido a tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa alimentam as redes sociais e os media.
O deputado comunista António Filipe escreveu no Facebook que aplaudir “o discurso do poder por dever de ofício” não é “coisa” que lhe “agrade”.
“Já vi que anda uma polémica no ar porque o PCP, o BE o e PEV não aplaudiram o discurso do novo PR. Eu sei que há países em que se aplaude o discurso do poder por dever de ofício, mas isso não é coisa que me agrade. Por hoje, já me bastou a coroação em que os media tornaram uma tomada de posse da República. Se isto não é culto da personalidade…vou dormir e já volto”.
Já vi que anda uma polémica no ar porque o PCP, o BE o e PEV não aplaudiram o discurso do novo PR. Eu sei que há países…
Posted by António Filipe on Wednesday, March 9, 2016
A ideia de favorecimento dos media também está presente no comentário feito por Miguel Vale de Almeida, ex-dirigente do BE e ex-deputado pelo PS.
“O editorial do Público de hoje – que, como sempre, não tem autor/a…- acusando BE e PC de "puro preconceito ideológico" por não terem aplaudido o discurso do novo presidente, é uma autêntica declaração de apoio ao dito. Pena não ter o Público assumido antes esse apoio, com clareza”, escreve o antropológo.
O editorial do Público de hoje – que, como sempre, não tem autor/a… – acusando BE e PC de "puro preconceito ideológico…
Posted by Miguel Vale de Almeida on Wednesday, March 9, 2016
Ontem, logo a seguir ao discurso, o bloquista José Manuel Pureza recorreu à ironia para comentar o não aplauso a Marcelo. Escreveu: “Sempre achei Marcelo um tipo extraordinário, capaz de nos maravilhar pela palavra e de nos comover pela imagem. Um gerador de consensos. Um enorme artista”, junto a uma foto de Marcelo… Mastroiani.
Sempre achei Marcelo um tipo extraordinário, capaz de nos maravilhar pela palavra e de nos comover pela imagem. Um gerador de consensos. Um enorme artista.
Posted by José Manuel Pureza on Wednesday, March 9, 2016