O partido independentista flamengo N-VA, dirigido por Bart De Wever, ganhou as eleições de 2014. Mas em troca de um conjunto de reformas de estado para serem implementadas até 2019, os independentistas aceitaram integrar o governo federal belga e congelar as suas reivindicações de secessão da Flandres.
Poucos dias depois, o líder do partido, o próprio De Wever, acompanhou a reflexão da ministra flamenga com a publicação de um artigo em que defendia o reativar da reflexão sobre a reforma do Estado belga, com o fim de avançar até um modelo confederal, em que a maioria dos poderes seriam cedidos pelo governo central às regiões da Flandres e da Valónia. Entre 1970 e 2011, as estruturas do Estado belga já sofreram seis reformas sucessivas, todas elas no sentido de uma maior descentralização dos poderes para as regiões.