Já não são novos, mas são bonitos, ricos e bem casados. Peyton Manning e Tom Brady, bem entendido. Porque há sempre um Antonio Cromartie, a estrela dos New York Jets e muito pouco dado ao romance (é pai de dez filhos de oito mulheres e um quinto do seu salário anual vai para pensões de alimentos, 5 milhões). Voltemos por isso ao romance.
Manning e Brady defrontaram-se na final de conferência de futebol americano (AFC) e os EUA pararam.
O duelo fez bater o recorde de audiência da TV americana (mais de 41 milhões de pessoas). Frente a frente estiveram dois dos melhores jogadores da história da NFL (como se vê, não há espaço para Cromartie). Manning ganhou um Super Bowl e foi à final três vezes; Brady é tetracampeão (apenas ele, Joe Montana e Terry Bradshaw o conseguiram) e tem seis finais no CV, o que é um recorde na NFL. No 17.o confronto entre os dois, Manning, 39 anos, pronto a fechar a carreira, levou a melhor e irá disputar o seu quarto Super Bowl – o segundo pelos Denver Broncos. Será uma saída em estilo?
Por tudo isto, não foi um domingo qualquer. Num esgotadíssimo Sports Authority Field, os donos da casa venceram os New England Patriots por 20-18 e conquistaram o título da conferência. E vão defrontar os Panthers.
A formação da Carolina qualificou-se no outro jogo e está pela segunda vez na sua história na final da Liga de Futebol Americano (perderam em 2003 com os Patriots): a grande final está marcada para 7 de fevereiro, em Santa Clara, Califórnia. E não é um Super Bowl qualquer: é o 50.o e espera-se uma festa ainda maior do que as outras (e sabemos como foram as outras).
A melhor equipa da fase regular, com 15 vitórias e apenas uma derrota, os Panthers venceram os Arizona Cardinals por 49-15. E aqui sim, há alguém que se pode pôr no caminho de Manning: é nem mais nem menos do que Cam Newton, o grande favorito a ser eleito o melhor jogador da época. O quarterback foi a grande figura do confronto, com dois touchdowns e mais dois passes decisivos.
Esta é a segunda final (Super Bowl) que os Panthers disputam, depois de terem perdido em 2003 com os New England Patriots. É o que dá Newton não ser (ainda) tão famoso como os outros dois.
Voltando aos dois sexy quarterbacks, a atenção estava nos poderosos ataques das equipas, mas o destaque foi para as defesas. Brady foi mais massacrado, intercetado duas vezes e placado em quatro. Manning também não teve vida fácil, mas superou o grande rival e garantiu o oitavo título da AFC para os Broncos. Not bad.
A partida foi equilibrada até o fim. A perder por 20-12 nos últimos minutos, os Patriots precisavam de um touchdown e de uma conversão de dois pontos para levar o duelo a prolongamento. O touchdown até saiu, faltando 17 segundos para o fim, quando Brady encontrou o tie-end Rob Gronkowski dentro da end zone. O pior foi a conversão de dois pontos, sem sucesso – outra vez pressionado, Brady forçou um passe e acabou intercetado por Bradley Roby, colocando um fim nas esperanças dos Patriots. A festa rebentou, mas só para os Broncos.