Ao que é que atribui esta subida do BE?
Este resultado é a consolidação de uma força política que soube renovar a sua direção política, que soube encontrar gente qualificada no ativismo e no Parlamento e por isso mesmo quem vaticinava que o resultado das legislativas tinha sido um momento enganou-se. Aquilo que faz o BE crescer é a coerência com as posições assumidas, ou seja, um conjunto de propostas claras para travar o ciclo de empobrecimento e a disponibilidade para juntar forças…
O BE tem hoje mais força para pressionar a implementação de uma política anti-austeridade?
Naturalmente que quanto mais força eleitoral, política e social o Bloco de Esquerda tem maior é a sua capacidade para influenciar as políticas governamentais. Há uma relação óbvia entre força eleitoral e capacidade de determinar ou de inflenciar as políticas.
Essa capacidade é maior após este resultado nas presidenciais?
Essa capacidade continua a crescer. Aquilo que importa neste momento é materializar o mais depressa possível e com a maior força política os conteúdos do acordo entre o BE e o PS. É essa a questão essencial. O que as pessoas nos dizem é que precisam do Bloco para que essas soluções de corte com a austeridade tenham lugar o maior urgentemente possível. Estamos totalmente empenhados em que
assim seja.