Lisboa refém do provincianismo


A evolução dos tempos também conduz a novas realidades e novas certezas. Se até aqui corroborávamos a certeza universal do “death and taxes”, a gestão trendy de Fernando Medina acrescentou a expressão “obras” como uma certeza insofismável no dia a dia dos lisboetas.


Lisboa fechou para obras. Até 2017, ano em que Medina tentará pela primeira vez a sua eleição como presidente, todo um estaleiro se apoderará da nossa cidade. É óbvio que o nexo de causalidade está estabelecido. No idílico cenário socialista há obras até Abril (correndo bem), na primavera e verão a malta descansa e esquece-se do transtorno causado pela megalomania, regressando a uma nova Lisboa para exercer o voto em outubro.

Mas a realidade, normalmente, tem uma certa tendência para nos pôr à prova e todos sabemos que projetos faraónicos à pressão e à beira de eleição são asneirada pela certa. O problema de Medina é um certo provincianismo disfarçado de cosmopolitismo insistente numa constante autopropaganda pública e num certo deslumbramento “pseudovisionário” assente num conjunto de projetos e medidas de tendência que, na maioria das vezes, só servem para atrapalhar a vida das pessoas.

A esquerda urbana é um bocado assim, muito adepta de tendências urbanas cuja viabilidade só encaixa nos unicórnios das suas cidades imaginárias. A verdade é que o mandato herdado por Medina tinha tudo para lhe correr bem. Bastava-lhe resolver o problema dos buracos, do lixo, da reabilitação urbana, da oferta cultural e de lazer. Só precisava de planear, verbo inexistente na condução urbanística da capital. Optou pela velha política do betão e da obra–eleição sem perceber as necessidades reais da cidade a que preside.
É um tempo novo de velhas políticas. Lamentável para quem quer ser tão à frente.

Escreve à segunda-feira


Lisboa refém do provincianismo


A evolução dos tempos também conduz a novas realidades e novas certezas. Se até aqui corroborávamos a certeza universal do “death and taxes”, a gestão trendy de Fernando Medina acrescentou a expressão “obras” como uma certeza insofismável no dia a dia dos lisboetas.


Lisboa fechou para obras. Até 2017, ano em que Medina tentará pela primeira vez a sua eleição como presidente, todo um estaleiro se apoderará da nossa cidade. É óbvio que o nexo de causalidade está estabelecido. No idílico cenário socialista há obras até Abril (correndo bem), na primavera e verão a malta descansa e esquece-se do transtorno causado pela megalomania, regressando a uma nova Lisboa para exercer o voto em outubro.

Mas a realidade, normalmente, tem uma certa tendência para nos pôr à prova e todos sabemos que projetos faraónicos à pressão e à beira de eleição são asneirada pela certa. O problema de Medina é um certo provincianismo disfarçado de cosmopolitismo insistente numa constante autopropaganda pública e num certo deslumbramento “pseudovisionário” assente num conjunto de projetos e medidas de tendência que, na maioria das vezes, só servem para atrapalhar a vida das pessoas.

A esquerda urbana é um bocado assim, muito adepta de tendências urbanas cuja viabilidade só encaixa nos unicórnios das suas cidades imaginárias. A verdade é que o mandato herdado por Medina tinha tudo para lhe correr bem. Bastava-lhe resolver o problema dos buracos, do lixo, da reabilitação urbana, da oferta cultural e de lazer. Só precisava de planear, verbo inexistente na condução urbanística da capital. Optou pela velha política do betão e da obra–eleição sem perceber as necessidades reais da cidade a que preside.
É um tempo novo de velhas políticas. Lamentável para quem quer ser tão à frente.

Escreve à segunda-feira