Radicais, nós?


Se houve acusação permanente da esquerda durante os últimos quatro anos foi esta. As nossas opções políticas eram ideologicamente radicais. Foi isso que ouvimos quando aumentámos o salário mínimo nacional de 485 euros para 505 euros (e que estava congelado desde 2011), quando aumentámos as pensões mínimas, rurais e sociais quando aprovamos a devolução de…


Na altura estes alívios parciais, mas sustentados e de acordo com as possibilidades tendo em consideração o crescimento da economia, eram alívios “de uma direita radical mais troikista que a troika”.  PS-BE-PCP fartos do nosso “radicalismo” lá se entenderam e celebraram um acordo de esperança e de uma política patriótica de esquerda em que os cidadãos veriam, sem mais demoras, repostos os seus salários, as suas pensões e outros cortes pois, diziam, era pelo estímulo ao consumo que iríamos crescer. O “virar de página” como insistentemente repetem mas apenas para se convencerem a eles próprios de que verdadeiramente o é.

Claro que a realidade já começa a por em causa tudo isto. Mas que “virar de página” é este quando o maior aumento de pensões é de 2 euros? Que “virar de página” é este quando o aumento máximo do abono de família é de 5 euros? Que “virar de página” é este quando o alivio da CES aprovado é exatamente igual ao proposto, e duramente criticado, pelo anterior governo? Não é nenhum. Não há “virar de página” nenhum. Tudo o que se fizer é porque as medidas que levaram ao crescimento económico o permitem. E se há crescimento e possibilidades de alívio às famílias é porque se trabalhou, com sacrifício, para isso. Éramos mesmo nós radicais?


Radicais, nós?


Se houve acusação permanente da esquerda durante os últimos quatro anos foi esta. As nossas opções políticas eram ideologicamente radicais. Foi isso que ouvimos quando aumentámos o salário mínimo nacional de 485 euros para 505 euros (e que estava congelado desde 2011), quando aumentámos as pensões mínimas, rurais e sociais quando aprovamos a devolução de…


Na altura estes alívios parciais, mas sustentados e de acordo com as possibilidades tendo em consideração o crescimento da economia, eram alívios “de uma direita radical mais troikista que a troika”.  PS-BE-PCP fartos do nosso “radicalismo” lá se entenderam e celebraram um acordo de esperança e de uma política patriótica de esquerda em que os cidadãos veriam, sem mais demoras, repostos os seus salários, as suas pensões e outros cortes pois, diziam, era pelo estímulo ao consumo que iríamos crescer. O “virar de página” como insistentemente repetem mas apenas para se convencerem a eles próprios de que verdadeiramente o é.

Claro que a realidade já começa a por em causa tudo isto. Mas que “virar de página” é este quando o maior aumento de pensões é de 2 euros? Que “virar de página” é este quando o aumento máximo do abono de família é de 5 euros? Que “virar de página” é este quando o alivio da CES aprovado é exatamente igual ao proposto, e duramente criticado, pelo anterior governo? Não é nenhum. Não há “virar de página” nenhum. Tudo o que se fizer é porque as medidas que levaram ao crescimento económico o permitem. E se há crescimento e possibilidades de alívio às famílias é porque se trabalhou, com sacrifício, para isso. Éramos mesmo nós radicais?