Imprensa


A primeira vítima de tudo isto são os jornalistas. A imprensa não é um negócio como qualquer outro. É através da informação livre, profissional e exercida deontologicamente que as sociedades são higienizadas e a democracia se mantém vigorosa.


A imprensa vive, em Portugal e no mundo, momentos muito difíceis. Esta crise resulta de dois embates sucessivos: primeiro, a emergência da internet e, depois, do mobile.

Hoje, as pessoas não lêem as notícias nos jornais ou nas revistas, mas sim na internet e nos seus smartphones. Isto prejudica gravemente as vendas dos meios impressos nas bancas e suas receitas publicitárias (hoje, anunciar é investir no Google Adwords e no Facebook).

Face ao novo paradigma, só novos modelos de negócio assentes na difusão de informação através da internet/mobile terão futuro, mas mesmo estes enfrentam dificuldades, pois as respectivas receitas de publicidade online são diminutas.

Em Portugal, é muito difícil criar jornais online de acesso reservado a assinantes, quanto mais não seja porque o mercado é pequeno e as pessoas tendem a não pagar aquilo que, de forma gratuita, podem obter logo ao lado. As notícias são uma espécie de “mercadoria” que se consegue, sem despender um centavo, noutro qualquer website.

Ora a primeira vítima de tudo isto são os jornalistas. A imprensa não é um negócio como qualquer outro. É através da informação livre, profissional e exercida deontologicamente que as sociedades são higienizadas e a democracia se mantém vigorosa.

Quando a crise na imprensa atira sistematicamente os jornalistas para o desemprego e obriga os resistentes a sobreviveram em condições degradadas, é toda a comunicação social (em todos os formatos e meios) que sofre, facilitando a subserviência jornalística aos poderes económicos e políticos. Sempre que fecha um jornal, saímos todos a perder.

Se bem que o mercado deva funcionar, permitindo que os melhores jornais sobrevivam aos piores, também não poderemos viver num mundo em que a imprensa, por dificuldades económicas, deixe de sistematicamente cumprir o seu fundamental papel de quarto poder.

Escreve à sexta-feira

Imprensa


A primeira vítima de tudo isto são os jornalistas. A imprensa não é um negócio como qualquer outro. É através da informação livre, profissional e exercida deontologicamente que as sociedades são higienizadas e a democracia se mantém vigorosa.


A imprensa vive, em Portugal e no mundo, momentos muito difíceis. Esta crise resulta de dois embates sucessivos: primeiro, a emergência da internet e, depois, do mobile.

Hoje, as pessoas não lêem as notícias nos jornais ou nas revistas, mas sim na internet e nos seus smartphones. Isto prejudica gravemente as vendas dos meios impressos nas bancas e suas receitas publicitárias (hoje, anunciar é investir no Google Adwords e no Facebook).

Face ao novo paradigma, só novos modelos de negócio assentes na difusão de informação através da internet/mobile terão futuro, mas mesmo estes enfrentam dificuldades, pois as respectivas receitas de publicidade online são diminutas.

Em Portugal, é muito difícil criar jornais online de acesso reservado a assinantes, quanto mais não seja porque o mercado é pequeno e as pessoas tendem a não pagar aquilo que, de forma gratuita, podem obter logo ao lado. As notícias são uma espécie de “mercadoria” que se consegue, sem despender um centavo, noutro qualquer website.

Ora a primeira vítima de tudo isto são os jornalistas. A imprensa não é um negócio como qualquer outro. É através da informação livre, profissional e exercida deontologicamente que as sociedades são higienizadas e a democracia se mantém vigorosa.

Quando a crise na imprensa atira sistematicamente os jornalistas para o desemprego e obriga os resistentes a sobreviveram em condições degradadas, é toda a comunicação social (em todos os formatos e meios) que sofre, facilitando a subserviência jornalística aos poderes económicos e políticos. Sempre que fecha um jornal, saímos todos a perder.

Se bem que o mercado deva funcionar, permitindo que os melhores jornais sobrevivam aos piores, também não poderemos viver num mundo em que a imprensa, por dificuldades económicas, deixe de sistematicamente cumprir o seu fundamental papel de quarto poder.

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