NATO concorda em manter 12.000 militares no Afeganistão

NATO concorda em manter 12.000 militares no Afeganistão


Os chefes da diplomacia da NATO concordaram hoje em manter cerca de 12.000 efetivos no Afeganistão durante todo o ano de 2016 no âmbito da operação de assistência às forças de segurança locais, anunciou o secretário-geral da Aliança. 


"Manteremos a presença desta missão (…) durante 2016", referiu Jens Stoltenberg em conferência de imprensa, depois de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança com os países que integram a missão no Afeganistão, uma decisão justificada pela situação de segurança no país.   

O secretário-geral da NATO confirmou que a decisão implica a permanência no Afeganistão de "aproximadamente 12.000 soldados" em diversas regiões do país, apesar de a Aliança ter previsto o regresso para Cabul, no final de 2015, dos efetivos da missão "Apoio Decidido", envolvidos na formação, aconselhamento e assistência às instituições de defesa e às forças de segurança afegãs. Desta forma, o regresso à capital destes efetivos fica adiado por pelo menos mais um ano.  

"Assinalo o forte compromisso dos países em manter o nível de contribuição de tropas. Muitos aliados emitiram anúncios e contribuições", disse Stoltenberg, que garantiu uma posterior "retificação" da missão em função das necessidades.  

Os ministros também concordaram iniciar hoje a campanha destinada a garantir financiamento para as forças de segurança afegãs no período 2018-2020, para que esteja concluída na próxima cimeira da NATO, prevista para julho em Varsóvia, a capital da Polónia.  

O secretário-geral aliado também assegurou que a NATO está empenhada em reforçar a futura parceria política com o Afeganistão, que se sintetizará na missão "Associação Duradoura", que será dirigida por civis e dará apoio ao "Apoio Decidido".  

Stoltenberg deixou ainda claro que a atual missão vai manter a sua natureza e que em qualquer caso será uma missão de combate.

Em paralelo, o chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, afirmou em declarações aos media que a continuidade da missão "será garantida até que não existam revezes na situação de segurança do Afeganistão". 

O Governo de Alemanha concordou recentemente em prolongar a sua presença militar no Afeganistão até finais de 2016 e aumentar o número de efetivos da missão que colabora na formação das forças de segurança afegãs para 980 soldados, contra os atuais 850 militares no terreno.