Câmara de Lisboa quer lâmpadas LED nos 60 mil candeeiros da cidade

Câmara de Lisboa quer lâmpadas LED nos 60 mil candeeiros da cidade


Sem estipular prazos, o autarca referiu que, no caso da iluminação pública, “o ‘payback’ [recompensa do investimento] não é tão bom” como nos semáforos, pelo que a autarquia está “à espera de fundos comunitários”. 


A Câmara de Lisboa pretende estender a tecnologia LED, agora aplicada a todos os semáforos, aos cerca de 60 mil candeeiros da capital, acção que está dependente de financiamento comunitário, disse hoje o vereador da Energia. 

“O passo seguinte é a iluminação pública. É um bocadinho mais complexo porque, enquanto os semáforos estão ligados o dia inteiro e o modelo é quase sempre o mesmo, nos candeeiros há uma diversidade enorme de alturas, necessidades e intensidades de luz”, afirmou José Sá Fernandes, à margem da acção que assinalou o fim da substituição de mais de 20 mil lâmpadas em aproximadamente 8.500 semáforos (de veículos e peões). 

Sem estipular prazos, o autarca referiu que, no caso da iluminação pública, “o ‘payback’ [recompensa do investimento] não é tão bom” como nos semáforos, pelo que a autarquia está “à espera de fundos comunitários”. 

“É muito importante que haja apoios comunitários em relação a esta matéria e espero que este novo Governo perceba que o investimento nas cidades, em termos de poupança de energia, é uma prioridade”, vincou. 

Falando num financiamento “bastante grande para a cidade inteira”, Sá Fernandes revelou que a Câmara deverá começar por substituir lâmpadas de candeeiros em Telheiras e nas “grandes avenidas”, como a Segunda Circular e a Avenida Marechal Gomes Costa.

“Aí a poupança será de cerca de 50%, poderá ser um bocadinho mais, e o investimento é ressarcido em mais tempo, podem ser cinco anos”, adiantou. 

Já no caso dos semáforos, a poupança ronda os 90% após os dois anos de amortização do investimento, o equivalente a 850 mil euros por ano, sendo que já em 2015 será possível obter uma poupança de 20% na factura. 

Com as lâmpadas incandescentes nos semáforos, eram gastos 1,1 milhões de euros por ano, valor que baixará para 75 mil euros a partir de 2017 com a energia consumida pelas óticas LED. 

José Sá Fernandes frisou que, além da vertente financeira, esta tecnologia requer menos manutenção e aumenta a visibilidade. 

Em representação da Galp Energia, que financiou esta intervenção em consórcio com aVivapower (através do Programa de Eficiência Energética na Administração Pública -ECO.AP), José Costa Pereira salientou que “os condutores não notaram” a realização dos trabalhos, iniciados no final de Agosto, devido à articulação com a Polícia Municipal e com a autarquia. 

O responsável adiantou que, quando o município lançar o concurso para aplicar a tecnologia LED à iluminação pública, esta empresa será uma das candidatas. 

A acção de hoje decorreu junto a um semáforo no cruzamento entre o Campo Pequeno e o Túnel da Avenida João XXI, na qual técnicos da Soltráfego, empresa que realizou os trabalhos, exemplificaram como procederam à substituição.

Lusa