O papa Francisco pediu estabilidade da paz e da prosperidade em África, em vésperas da viagem que realizará no fim de Novembro ao Quénia, Uganda e República Centro-Africana, e mostrou-se “chocado” com o ataque no Mali.
“Na próxima quarta-feira começa a minha viagem a África, visitarei o Quénia, o Uganda e a República Centro-Africana. Peço a todos vós que oreis por esta viagem, para que seja, para todos os irmãos e para mim, um sinal de proximidade e amor”, disse hoje o líder da igreja Católica na Praça de São Pedro, no Vaticano.
“Oremos à Virgem para que nesta terra se estabilize a paz e a prosperidade”, apelou o papa.
Entre 25 e 30 de Novembro, Jorge Bergoglio fará a primeira viagem ao continente africano, durante a qual estão previstas reuniões com pobres, jovens, cristãos, mas também com muçulmanos.
Trata-se da mais difícil visita do papa em termos de organização, devido a problemas de segurança, já que os três países viveram nos últimos tempos ataques violentos, especialmente na República Centro-Africana, que se encontra em processo de transição para acabar com a crise que vive desde Março de 2013.
O papa mostrou-se também “chocado” com os ataques terroristas de Mali da semana passada, que provocaram a morte a 21 pessoas, que condenou com firmeza.
“Consternado com esta violência cega que condena firmemente, o papa implora a Deus pelo diálogo pelo amor e pelo dom da paz e invoca a bênção divina para todas as pessoas que foram atingidas por esta tragédia”, confirmou a Santa Sé.
As declarações do papa foram feitas num telegrama enviado ao arcebispo de Bamako (capital do Mali), Jean Zerbo, e confirmadas pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.
Na missiva, o papa “expressou a sua proximidade com o povo do Mali”, depois dos atentados no Hotel Radisson, em Bamako, e pediu “alivio e consolo às famílias” das vítimas mortais e dos feridos.
O Mali encontra-se em estado de emergência enquanto prosseguem as investigações para localizar três suspeitos do ataque perpetrado na quinta-feira por ‘jihadistas’ e que provocou a morte a 21 pessoas, incluindo dois atacantes.
Lusa