Paris. Dispositivo antiterrorista reforçado com mais 1.500 militares

Paris. Dispositivo antiterrorista reforçado com mais 1.500 militares


Antes dos ataques da passada sexta-feira, 3.900 militares já estavam envolvidos em missões no âmbito da operação antiterrorista Sentinelle.


O dispositivo antiterrorista em Paris e na região circundante da capital francesa vai ser reforçado com 1.500 militares suplementares, anunciou esta sexta-feira o comissário da polícia local, Michel Cadot. 

Após os atentados na passada sexta-feira em vários locais públicos de Paris, as autoridades francesas já tinham reforçado, no início da semana, este dispositivo com 1.000 militares. 

Em declarações à comunicação social, Michel Cadot referiu que os elementos suplementares vão estar operacionais entre hoje à tarde e sábado, explicando que a missão destes militares será a segurança de escolas, hospitais, centros religiosos e culturais e áreas comerciais da Île-de-France, região parisiense. 

Antes dos ataques da passada sexta-feira, 3.900 militares já estavam envolvidos em missões no âmbito da operação antiterrorista Sentinelle, lançada após o ataque contra o jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, em Janeiro passado.

O comissário da polícia parisiense confirmou igualmente que a proibição de manifestações e de concentrações em locais públicos de Paris, medida aplicada no âmbito do estado de emergência, será mantida até domingo. 

O responsável disse que este tipo de restrições não deverá manter-se por muito tempo, afirmando que existe a intenção de autorizar os vários mercados ao ar livre previstos, como o mercado de Natal que deve começar na próxima quarta-feira na área dos Champs-Elysées. 

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses. 

Os ataques, perpetrados por pelo menos oito terroristas, sete dos quais morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espectáculos e o Estádio de França, onde decorria um jogo de futebol entre as selecções da casa e da Alemanha. 

A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país". 

Entretanto, numa operação policial num bairro de Paris, as autoridades mataram o alegado "cérebro" dos ataques, Abdelhamid Abaaoud.

Lusa