Países bálticos contra coligação anti ‘jihadistas’ com Rússia

Países bálticos contra coligação anti ‘jihadistas’ com Rússia


Considerando que a Rússia é um “Estado que continua a ocupar o território de um país e que comete atos de guerra em dois países, a Ucrânia e a Geórgia”.


Os presidentes dos três países bálticos – Estónia, Letónia e Lituânia – declararam esta sexta-feira que não vão participar numa coligação internacional contra o grupo extremista Estado Islâmico se a Rússia fizer parte dela. 

“A Lituânia não participará em nenhuma nova coligação em que participe ou deseje participar a Rússia, um Estado que continua a ocupar o território de um país e que comete actos de guerra em dois países, a Ucrânia e a Geórgia”, afirmou a presidente lituana, DaliaGrybauskaite, anfitriã de um encontro dos presidentes dos três países. 

“Devemos ponderar seriamente a nossa participação em qualquer coligação que inclua um agressor como o nosso vizinho”, disse o presidente da Estónia, Toomas Hendrik Ilves. 

Os três responsáveis reconheceram por outro lado que o afluxo sem precedentes de migrantes à Europa envolve maioritariamente pessoas que fogem da guerra, mas disseram-se contrários ao acolhimento pelos seus países de mais refugiados. 

“É muito cedo para falar de um número superior [ao que foi aceite], enquanto os acordos concluídos não forem cumpridos, nomeadamente o reforço das fronteiras externas” da União Europeia (UE), disse a presidente lituana. 

A Letónia, que já anunciou um aumento considerável do orçamento para a segurança em 2016, assumiu a mesma posição: “O nosso compromisso mantém-se. Entretanto, se a Europa não fizer o seu trabalho relativamente ao reforço das fronteiras externas e ao combate à imigração ilegal, não estamos dispostos a receber mais refugiados”, disse o presidente letão,Raimonds Vejonis.

Lusa