Donald Trump, o terrorismo e o que deve ser feito com os muçulmanos

Donald Trump, o terrorismo e o que deve ser feito com os muçulmanos


Holocausto? “Digam-me vocês”, respondeu o candidato às primárias republicanas.


A Donald Trump não bastou insinuar, na sequência dos atentados da última sexta-feira 13 em Paris, que se França tivesse uma política diferente para as armas, semelhante à dos Estados Unidos, o resultado dos ataques poderia ter sido outro. O candidato às primárias republicanas para as presidenciais de 2016 foi mais longe e admitiu esta quinta-feira, à NBC, criar identificações especiais para os muçulmanos americanos.

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Questionado sobre se deveria haver uma base de dados para controlar os muçulmanos nos Estados Unidos, Trump respondeu que “a implementaria, absolutamente”. E confrontado com o paralelismo com a perseguição aos judeus pela Alemanha nazi durante o Holocausto, o candidato republicano limitou-se a dizer: “Diga-me você”.

Depois de um coro de críticas se ter levantado contra Trump, incluindo outros candidatos republicanos, o magnata tentou explicar-se via Twitter: “Eu não sugeri uma base de dados – foi um jornalista. Temos de derrotar o terrorismo islâmico e ter vigilância, incluindo uma lista de controlo, para proteger a América.”

Tanto Jeb Bush como John Kasich, rivais de Trump nas primárias republicanas, criticaram a ideia da base de dados. “É manipular a raiva das pessoas. Não é força, é fraqueza”, disse Bush à CNBC. Kasich foi mais específico. “A ideia de que alguém tenha que se registar por causa da sua religião vai contra tudo aquilo em que sempre acreditámos ao longo da história da nossa nação”, afirmou num comunicado, ascrescentando: “Donal Trump é incapaz de unir e conduzir o  nosso país.”