O presidente islamo-conservador turco, Recep Tayyip Erdogan, apelou esta quinta-feira à união de todos os países muçulmanos contra o grupo radical Estado Islâmico (EI) para que os ‘jihadistas’ não continuem a fazer atentados como os de Paris.
“Condeno sem reservas os terroristas que crêem na mesma religião que eu e apelo a todos os dirigentes dos países muçulmanos que criem uma frente unida”, declarou Erdogan num discurso em Istambul durante um fórum sobre energia.
“Se não o fizermos, aqueles que atingiram Ancara atacarão noutros locais, como fizeram em Paris”, adiantou, referindo-se aos ataques de sexta-feira na capital francesa, reivindicados pelo EI, que mataram pelo menos 129 pessoas.
Erdogan insistiu na necessidade “do mundo inteiro cooperar para adoptar uma posição que impeça” os terroristas de irem “bater a outras portas”.
“Se o aumento do fanatismo na Europa não for travado acontecerão novas calamidades”, disse.
A Turquia foi durante muito tempo acusada de ser complacente ou até mesmo de ajudar os grupos rebeldes que combatem o regime de Damasco.
Sob pressão dos seus aliados e após uma série de atentados atribuídos aos ‘jihadistas’ no seu território, o governo turco mudou de posição e desde o verão juntou-se à coligação internacional que bombardeia o EI na Síria e no Iraque.
Depois do atentado em Ancara, a 10 de Outubro, que causou 103 mortos, os turcos têm intensificado as operações nos meios ‘jihadistas’.
Lusa