Dezenas de combatentes do grupo extremista Estado Islâmico ficaram também feridos nos ‘raides’ aéreos a depósitos de armas, armazéns e postos de controlo do principal reduto dos ‘jihadistas’ do Estado Islâmico, em Raqa, disse Rami Abdel Rahman, director do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), baseado na Grã-Bretanha.
A França intensificou a ofensiva contra Raqa após os ataques terroristas de sexta-feira passada em Paris, que mataram 129 pessoas, efectuando vários raides com bombardeiros e caças contra alvos naquela cidade síria no domingo, na segunda-feira e hoje.
A Rússia também atacou Raqa com bombardeiros de longo alcance, com mísseis lançados do mar na terça-feira, depois de Moscovo ter confirmado que foi um ataque à bomba, reivindicado por um grupo ligado ao Estado Islâmico, que derrubou no mês passado um avião de passageiros russo na península do Sinai, no Egipto, matando as 224 pessoas que seguiam a bordo.
“O número limitado de mortes pode ser explicado pelo facto de os ‘jihadistas’ terem tomado precauções”, disse Abdel Rahman, que tem como fontes na Síria activistas, médicos e residentes, adiantando que nos locais “apenas estavam os guardas dos quartéis e dos depósitos de armas”, relatando que a maioria das pessoas foram mortas nos postos de controlo.
Abdel Rahman avançou ainda que muitas famílias dos combatentes estrangeiros deixaram a cidade de Mosul, no Iraque, outro grande reduto do grupo extremista, que até agora tomou o controlo de grande parte do território na Síria e no Iraque.
Lusa