Sejamos claros de uma vez por todas. Os trágicos acontecimentos de Paris voltam a por a nu a fragilidade europeia e o isolacionismo de maioria dos seus estados-membros no que diz respeito a uma política efectiva de segurança e defesa comum.
A ameaça deste terrorismo moderno, sofisticado e de difícil detecção obriga a que a Europa passe das palavras aos actos no que diz respeito à capacidade de resposta conjunta enquanto bloco político de nações livres e democráticas.
Não tenhamos dúvidas. Estes ataques nada têm que ver com religião. São ataques a uma forma de vida e de organização social. São ataques à nossa liberdade e à democracia.
As cimeiras da PESD/PESC têm de começar a funcionar e definir estratégias claras de uma verdadeira política de segurança e defesa comum. Do mesmo modo, tem de existir uma relação de maior proximidade transatlântica no combate a este flagelo.
Enquanto as nações europeias continuarem a olhar para o seu umbigo, para os seus interesses, e não encararem definitivamente este problema como um problema global, o combate ao terrorismo nunca será verdadeiramente eficaz. Os fundamentos políticos da União assentes na liberdade, na fraternidade e na igualdade, assim como o respeito pela sua divisa, só podem ser atingidos com base na concertação e na unidade da acção europeia.
É preciso chamar a terreiro todos aqueles que possam contribuir para a contínua afirmação do projecto europeu e de definição desta “pátria alargada”, que é a Europa, como espaço de integração plena e de liberdade.
Que não se perca mais um minuto. Porque cada minuto perdido vai infelizmente corresponder a centenas de vidas perdidas.
Deputado PSD
Escreve à segunda-feira