Portugal vs. Albânia. Se não é fácil, parece

Portugal vs. Albânia. Se não é fácil, parece


Sub-21 somaram mais uma goleada a caminho do Europeu 2017. Selecção de Rui Jorge bateu Albânia por 4-0. Superioridade foi evidente.


William Carvalho foi eleito melhor jogador do Europeu sub-21 disputado na República Checa. O médio do Sporting surpreendeu os críticos desde o primeiro momento e foi alvo de todo o tipo de análises. De Inglaterra chegou uma das mais originais, a de parecer um miúdo do nono ano a jogar contra crianças do ensino primário.

A análise parece ser o espelho perfeito da equipa orientada por Rui Jorge. Pode não haver William, nem Bernardo, nem João Mário, nem Paulo Oliveira, nem Sérgio Oliveira, nem muitos dos que conseguiram o apuramento só com vitórias para a fase final este ano, mas quem chegou pegou na fasquia e manteve-a ao mesmo nível. Jogo após jogo, Portugal assume-se como uma equipa claramente adulta a defrontar meros sub-21. Foi assim no 6-1 na Albânia, no 2-0 à Hungria, no 4-0 na Grécia e agora num novo 4-0, à Albânia.

Portugal joga mais, Portugal joga melhor… Portugal goleia. E se não é fácil parece. Gonçalo Guedes deu nas vistas no Benfica e foi chamado à selecção principal. Rúben Neves começou por fazer parte do grupo mais foi recrutado por Fernando Santos depois de se perceber que João Moutinho não estava em perfeitas condições físicas. Problema?Claro que não. Quem ficou deu conta do recado e manteve a invencibilidade da selecção, com 12 pontos em quatro jogos, 16 golos marcados e apenas um sofrido.

Fácil? Só pode ser. Mas não durante os 90 minutos. Em Arouca os albaneses até começaram por mostrar atrevimento e deram trabalho a BrunoVarela, mas a diferença de qualidade era demasiado acentuada para evitar o mais esperado. Antes do intervalo, Ricardo Horta marcou o primeiro (43’) e deu o mote para o vendaval ofensivo da segunda parte.
Portugal joga mais, Portugal joga melhor, Portugal goleia… Portugal dá espectáculo. Não se pode falar apenas dos golos de Carlos Mané (47’), Vezo (61’) e Gonçalo Paciência (82’). Foram mais que golos, foram jogadas com nota artística, com participação de vários jogadores e execuções perfeitas, muitas vezes ao primeiro toque. 

A selecção pode ter mais seis jogos para disputar mas a tendência é clara. Numa qualificação em que o primeiro lugar tem apuramento directo sem passar pelo play-off, pode-se começar já a escolher quartel-general na Polónia.