Rali de Portugal 2015 gerou retorno recorde de cerca de 130 milhões de euros

Rali de Portugal 2015 gerou retorno recorde de cerca de 130 milhões de euros


O estudo apresenta ainda nas conclusões uma “receita fiscal bruta de 24,3 milhões de euros” para o Estado português.


O Rali de Portugal 2015 gerou um impacto económico recorde de 127,4 milhões de euros de retorno para uma despesa directa de 65 milhões de euros, revela um estudo hoje divulgado da Universidade do Algarve. 

O trabalho apresentado por Fernando Perna e levado a cabo pelo Centro Internacional de Investigação do Território e Turismo daquela universidade em parceria com a Universidade do Minho desenvolveu-se ao longo de nove meses, nele participando 11 elementos, e abrangeu sete locais onde, entre os dias 21 e 24 de Maio, passou o rali, num total de 1.163 entrevistas.

O estudo, apresentado nas instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), no Porto, apresenta ainda nas conclusões uma "receita fiscal bruta de 24,3 milhões de euros" para o Estado português. 

Numa análise ao impacto do que é designado o "maior evento desportivo organizado em Portugal desde o Euro2004", Fernando Perna explicou que as "centenas de milhares de turistas e visitantes" que assistiram ao Rali de Portugal no norte de Portugal "geraram um fluxo turístico inigualável", com "82 por cento a classificarem o destino como bom ou muito bom".

As entrevistas efectuadas continuam a mostrar elevados índices de satisfação quando o tema foi o regresso à região, para férias, nos próximos três anos, com a resposta afirmativa e cifrar-se entre os "61,6 e os 89,2 por cento". O número situa-se entre "79,9 e 92,7 por cento" quando se pergunta se recomendaria o destino aos amigos. 

E com 42 por cento dos visitantes a serem oriundos "de 16 das 17 províncias de Espanha", acrescentou o catedrático que "as 16 nações encontradas a assistir ao evento não se circunscreveram à Europa, tendo sido encontrados também adeptos provenientes dos Estados Unidos e do Canadá". 

Com 13 municípios a suportar os encargos da organização, que ascendeu aos três milhões de euros, o retorno "oscila entre os 358 mil e os 5,54 milhões de euros", estimando que "45 por cento da despesa directa teve origem não nacional", gerando um "fluxo turístico de exportações no valor imediato de 30,3 milhões de euros". 

Em termos de visibilidade, o Rali de Portugal foi visto por 73,5 milhões de pessoas, representando "15 por cento do total das audiências da competição", sendo os países onde mais se registaram seguidores "a Polónia, França, Espanha, Finlândia e Itália". 

Fazendo uma projecção para 2016 e avaliando, no período em que irá decorrer a prova em Portugal, Fernando Perna deu conta de que foi já possível perceber que "sete regiões de França, seis de Espanha e três de Itália têm voos marcados para o Norte do país", um sinal que "confirma o acentuado crescimento da prova em relação às edições anteriores", acrescentou.

A edição de 2015 do Rali de Portugal, ganha pelo finlandês Jari-Matti Latvala, marcou o regresso da competição à região Norte do país, depois de dez anos fixado no Algarve.

Lusa