Porque é que o acordo foi assinado à porta fechada?
O importante do acordo não é o protocolo da assinatura, é o que lá está escrito, que vai alterar profundamente a situação portuguesa.
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A líder do BE já disse que espera grandes pressões, nomeadamente da Europa. Não há o risco de acontecer à esquerda portuguesa o que aconteceu ao Syriza?
Qualquer governo que ensaie transformações no sentido de uma mais justa distribuição do rendimento, da recuperação do Estado social e dos direitos sociais, vai sofrer uma oposição feroz das instituições que dirigem a construção europeia, tal como ela é feita hoje.
E como é que se faz frente a isso?
O BE tem apresentado as suas propostas nesta matéria. Consideramos que sem uma renegociação da dívida não há margem de manobra, para os países da periferia europeia – nomeadamente para Portugal – para mudanças mais profundas. É por isso que este acordo se limita a interromper o ciclo de empobrecimento e a iniciar uma reposição dos rendimentos dos salários e das pensões.
É um acordo mínimo?
É um acordo cujos limites o PS estabeleceu à partida. Ao procurar responder às metas orçamentais do cenário macroeconómico que apresentou, o PS_não tinha margem para objectivos maiores e muito urgentes
a que é preciso também responder. Mas, perante a oportunidade de iniciar a resolução dos problemas mais urgentes, o BE não poderia faltar à chamada.