Serão trinta artistas a actuar no jardim da Amnistia Internacional, em Campolide, também para reflectir "sobre o que têm sido estes 40 anos de independência de Angola", disse à agência Lusa a cantora Selma Uamusse, uma das organizadoras do espectáculo.
"Isto não é nenhuma provocação nem é uma luta política. É uma preocupação pelo que se passa em Angola. É uma acção pelos direitos humanos", sublinhou, referindo que este concerto é uma iniciativa independente que se junta às vigílas regulares que têm acontecido em Lisboa.
Entre as 18:00 e as 23:00 estão previstas actuações, entre outros, de Ana Moura, Eneida Marta, Tó Trips, Samuel Úria, Luís Varatojo, Bob da Rage Sense, Rita Redshoes, Sara Tavares, Octapush, Márcia, Luís Caracol e Couple Coffee. A apresentação ficará por conta dos radialistas António Macedo e Fernando Alvim.
Selma Uamusse sublinha o carácter pacifista das iniciativas que têm acontecido em Lisboa, apelando a uma maior informação sobre o que se passa em Angola em matéria de justiça e direitos humanos.
Os detidos em causa estão acusados de actos preparatórios para uma rebelião e um atentado contra o Presidente angolano. O processo envolve mais duas arguidas em liberdade provisória.
Os activistas começam a ser julgados no dia 16 em Luanda.
O Governo de Angola tem estado sob forte pressão internacional, com vigílias, manifestações e apelos públicos às autoridades e directamente ao Presidente, José Eduardo dos Santos, para a libertação destes elementos.
O caso ganhou maior revelo depois de um dos detidos, o 'rapper' luso-angolano Luaty Beirão, ter realizado uma greve de fome que durou 36 dias.
Lusa