Num comunicado divulgado hoje, o Conselho de Administração do CHLN anuncia que “está a proceder a uma averiguação interna relativamente à situação que deu origem aos factos relatados mais recentemente na comunicação social, por forma a tomar, como sempre, as adequadas decisões e as proporcionais medidas que se revelem como necessárias”.
O caso visa o director do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Maria, José Fernandes e Fernandes, e diligências levadas a cabo pela Polícia Judiciária (PJ), após denúncia anónima, sobre alegadas práticas ilegais por si praticadas, no âmbito das suas funções de director.
No dia 30 de Outubro, a PJ realizou buscas no Hospital de Santa Maria, relacionadas com o caso das próteses, que se insere na investigação sobre fraudes detectadas no Serviço Nacional de Saúde.
José Fernandes e Fernandes foi constituído arguido por suspeita de corrupção, falsificação de documentos e burla na compra de próteses.
Entretanto, o jornal “Público” noticiou na quinta-feira que esta suspeita levou mais recentemente os inspectores da PJ a outra linha de investigação relacionada com o desvio de doentes de hospitais privados para a realização de cirurgias naquela unidade, que terá lesado o Estado em milhares de euros e que envolverá também o director do Serviço de Cirurgia Vascular.
Na sequência destas notícias, o Conselho de Administração garante que “tem acompanhado com preocupação” as sucessivas denúncias e notícias” sobre o caso e “tem tomado todas as medidas ao seu alcance, com vista a esclarecer, prever e punir qualquer prática ilícita”.
No mesmo comunicado, afirma que “continuará a garantir, de forma irrepreensivelmente rigorosa a qualidade, a segurança e a resposta em tempo aos cidadãos”, e que aguarda os resultados das diligências em curso, não obstante ter iniciado uma averiguação interna.
Lusa