Maria de Fátima Marinho. “Há necessidade de adequar o ensino à realidade multicultural”

Maria de Fátima Marinho. “Há necessidade de adequar o ensino à realidade multicultural”


A vice-reitora da Universidade do Porto fala com i sobre o Estatuto do Estudante Internacional.


Qual tem sido o impacto da implementação do Estatuto do Estudante Internacional?
Dado que o estatuto de estudante internacional só entrou em vigor no ano lectivo passado, ainda é precoce uma análise bem fundamentada. Nos últimos dois anos tem havido uma estabilização do número de estudantes internacionais que procuram a Universidade do Porto para fazer um grau completo.

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A nível financeiro foi uma lufada de ar fresco? Em que medida?
Para já, não tem sido muito significativo, dado que a Universidade do Porto optou por valores moderados e faz, na sua maioria, uma redução de 50% para os estudantes oriundos da CPLP.

Que alterações tiveram de ser feitas para receber alunos estrangeiros?
A Universidade do Porto tem acolhido muitos estudantes de mobilidade pelo que as suas estruturas já estão preparadas para lidar com a multiculturalidade inevitável; tem havido também nos últimos anos um esforço em reforçar a formação em inglês, sobretudo ao nível do mestrado e doutoramento.

Qual a importância da multiculturalidade no ensino superior?
O benefício em ter muitos estudantes de diferentes culturas nas mesmas aulas é permitir aos estudantes portugueses, que não têm oportunidade de realizar um período de mobilidade no estrangeiro, o contacto com diferentes línguas, culturas e modos de ser; numa perspectiva mais institucional. Há também a necessidade de a U.Porto adequar as formas de ensino à nova realidade multicultural, enriquecendo-se e enriquecendo os novos paradigmas de educação.