O chefe de Estado romeno, Klaus Iohannis, disse hoje que “há indícios” de que as regras de segurança não foram respeitadas na discoteca que ardeu na sexta-feira em Bucareste, provocando 27 mortos e duas centenas de feridos.
“Nós já temos indícios a mostrar que a regulamentação legal não foi respeitada”, declarou o Presidente.
“Eu espero que as autoridades realizem a sua investigação com rapidez e firmeza”, afirmou o chefe de Estado, que se manifestou “triste e revoltado” com a tragédia.
O fogo no “Club Colectiv”, no centro da capital romena, teve início perto das 23:00 (21:00 em Lisboa), numa altura em que entre duas a quatro centenas de pessoas se encontravam no interior do espaço noturno para assistir à promoção do novo álbum do grupo de rock local “Goodbye to Gravity”, acompanhado por um espetáculo de luz com efeitos pirotécnicos.
Dos cerca de 200 feridos, 146 foram hospitalizados por queimaduras, inalação de fumo e outros ferimentos, disse o secretário de Estado do Interior, Raed Arafat.
Os sobreviventes falaram do horror que se desenrolou quando o fogo-de-artifício – utilizado durante o espetáculo da banda de heavy metal – desencadeou um incêndio, seguido pelo pânico entre as pessoas que procuravam a saída.
O Governo declarou três dias de luto nacional e realizou hoje uma reunião do gabinete de emergência.
Incidentes semelhantes ocorreram na discoteca Kiss, em Santa Maria, no Brasil, em 2013, que matou 242 pessoas, e na discoteca República Cromañon, em Buenos Aires, em que 192 pessoas perderam a vida em 2004.
Lusa