O “World Migration Report 2015" (Relatório sobre a Migração Mundial 2015) indica que a migração tem “contribuído para o incremento da urbanização, tornando as cidades em lugares muito mais diversos para se viver”. O estudo prevê que “a actual população urbana de 3,9 mil milhões passe a 6,4 mil milhões em 2050”.
“Quase um em cada cinco, de todos os migrantes, vive numa das 20 maiores cidades do mundo. Em muitas destas cidades os migrantes representam um terço ou mais da população”, indica o documento.
Outras cidades, segundo o relatório, tem visto um crescimento notável na migração nos últimos anos e a geografia dos fluxos migratórios está a mudar à medida que novos destinos emergem globalmente.
“Na Ásia e em África, o crescimento rápido das pequenas cidades é esperado para absorver muita da futura população urbana do mundo e este padrão de mobilidade para as cidades e áreas urbanas é caracterizado pela temporalidade e circularidade do processo interno de migração”, refere o texto.
Segundo a OIM há uma estimativa de 232 milhões de migrantes internacionais e 740 milhões de migrantes internos no mundo.
"Cerca de 50% dos migrantes internacionais residem em dez áreas altamente urbanizada, em países desenvolvidos, como a Austrália, o Canadá e os Estados Unidos, vários países da Europa (França, Alemanha, Espanha e Reino Unido), na Federação da Rússia, Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos".
Quase todo o crescimento na população mundial nas próximos décadas, de cerca de 2,5 mil milhões, deverá acontecer em áreas urbanas em países de baixo e médio rendimento, especialmente na África e na Ásia, adianta também o relatório.
O documento da OIM pretende contribuir para "o debate global sobre a migração e urbanização de três maneiras", documentando como a migração molda as cidades, quando muito da discussão actual sobre migrações e políticas de migração tende a manter o foco no nível nacional.
O relatório também chama "a atenção para o modo de vida dos migrantes nas cidades do sul do planeta", considerando que as discussões existentes sobre as cidades e os migrantes tendem a concentrar-se nas cidades do norte e na integração de migrantes internacionais.
Lusa