Afeganistão e Paquistão já registam 71 mortos devido a sismo

Afeganistão e Paquistão já registam 71 mortos devido a sismo


O abalo, particularmente longo, fez cair ou abanar edifícios no Afeganistão, na Índia e no Paquistão.


Um forte sismo de magnitude 7,5 abalou hoje a zona das montanhas do nordeste do Afeganistão e do Paquistão causando pelo menos 70 mortos e 589 feridos, segundo os primeiros balanços.

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O abalo, particularmente longo, fez cair ou abanar edifícios no Afeganistão, na Índia e no Paquistão, forçando milhares de pessoas a fugirem para as ruas.

Segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro do sismo situou-se em Jurm, nas montanhas da província de Badakhshan, no extremo nordeste do Afeganistão, a uma profundidade de 213,5 quilómetros.

O abalo durou pelo menos um minuto e foi sentida pelo menos uma réplica pouco depois de magnitude 4,8, segundo o USGS.

Shah Wali Abib, governador de Badakhshan, deu conta de pelo menos 400 casas destruídas na sua província, assinalando as dificuldades de comunicar com a zona devido aos danos nas redes de comunicação.

Na vizinha província de Takhar, 12 raparigas morreram e 35 ficaram feridas ao fugirem em pânico da escola durante o sismo, informaram as autoridades locais.

Pelo menos seis pessoas morreram e 69 ficaram feridas na província de Nangarhar (leste), segundo um hospital local.

O abalo foi sentido até à capital, Cabul, a 250 quilómetros do epicentro.

Os primeiros balanços eram ainda mais pesados no vizinho Paquistão com 52 mortos, indicaram responsáveis locais à agência France Presse.

Pelo menos 28 pessoas morreram nas zonas tribais do norte do Paquistão, fronteiriças ao Afeganistão. Vinte outras morreram no noroeste, três na região de Gilgit-Balistan e uma pessoa na parte paquistanesa de Caxemira, segundo as mesmas fontes.

Há 10 anos no Paquistão, um sismo de magnitude 7,6, cujo epicentro se situava a algumas centenas de quilómetros do de hoje, causou mais de 75.000 mortos e 3,5 milhões de desalojados.

“Esperamos que o número de vítimas não seja tão alto (como no sismo de 2005), pois o hipocentro foi muito profundo”, indicou um responsável da autoridade paquistanesa de gestão das catástrofes naturais que não quis ser identificado.

Lusa