Faltam umas quantas peças

Faltam umas quantas peças


“O Prodígio” *** 


Claro que este é um filme sobre Bobby Fischer, claro. Uma personagem real com tamanha história que não seja necessária qualquer alteração à vida que fez para dar uma brilhante narrativa na sala de cinema?

Outra vez o mesmo nome: Bobby Fischer, o maior herói que o xadrez alguma vez viu. Campeão ainda em criança, inventor de técnicas e métodos únicos, o americano que se transformaria em exilado na Islândia já teria um lugar em qualquer argumento apenas graças a isto.

Mas foi polémico muitas vezes, na relação que estabeleceu com o mundo soviético ou através de palavras pouco carinhosas para com a América mais as famosas afirmações anti-semitas (ele próprio nascido judeu).

Tudo isto passa pelo filme, que tem como aspecto central o jogo irrepetível contra o russo Boris Spassky (interpretado por Liev Schreiber). E tudo isto também acaba por chegar até nós meio embrulhado. Porque de tanto querer chegar a todo o lado, Edward Zwick, o realizador, acaba por nem sempre referir-se a todos os elementos com a naturalidade narrativa que seria de esperar.

Já agora, as canções: Spencer Davis Group, AlGreen, Creedence Clearwater Revival ou Jefferson Airplane. Certo, não são elas que fazem o filme mas já que lá estão é de agradecer, não?

“O Prodígio”
*** 

De Edward Zwick
Com Tobey Maguire, Liev Schreiber, Peter Sarsgaard