A investigação foi aberta a 07 de Outubro pela Polícia Federal por decisão do magistrado Gilmar Mendes, um dos membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo fontes policiais contactadas pela Globo.
O objectivo é determinar se Rousseff e o seu vice-presidente, Michel Temer, incorreram em abuso de poder para obter a reeleição e se a campanha eleitoral foi financiada com recursos desviados da petrolífera estatal Petrobras.
As contas, que relacionam receitas e despesas de campanha, foram aprovadas com ressalvas em Dezembro do ano passado, mas, em Agosto último, Mendes pediu à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal, nova investigação para esclarecer se a campanha eleitoral de Rousseff beneficiou de dinheiro procedente da teia de corrupção que desviou cerca de 2.000 milhões de dólares da Petrobras.
O juiz citou uma declaração de um empresário preso pelo seu envolvimento na corrupção na Petrobras, que colabora com a investigação em troca de uma redução da pena, e que afirmou ter doado 7,5 milhões de reais (1,9 milhões de dólares) para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff procedentes dos desvios.
O magistrado também pediu que sejam investigadas eventuais irregularidades nos pagamentos a uma empresa que recebeu aproximadamente 444.400 dólares da campanha eleitoral de Dilma que havia sido criada apenas dois meses antes de ser contratada e que não explicou na documentação os serviços prestados.
Rousseff, cuja popularidade atinge mínimos históricos, enfrenta uma grave crise política, que se agudizou com o gigantesco escândalo de corrupção na petrolífera estatal brasileira.
Lusa