TAP. Fernando Pinto confiante em conclusão do processo de privatização em “breve”

TAP. Fernando Pinto confiante em conclusão do processo de privatização em “breve”


O presidente da TAP, Fernando Pinto, afirmou esta terça-feira que está confiante na concretização da privatização da companhia aérea “em breve”, realçando que “o processo tem sido feito em tempo recorde”.


"Todos estamos impacientes para que a privatização aconteça o mais rápido possível, mas falta ainda uma série de aprovações para que aconteça", afirmou Fernando Pinto, no Salão das Viagens de Negócio, em Lisboa, nomeadamente a aprovação pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a renegociação da dívida com a banca.

Numa entrevista promovida pela organização do evento, o presidente da TAP considerou que "o processo de privatização tem sido feito em tempo recorde", admitindo que "talvez as expectativas fossem de que fosse feita ainda em menos tempo".

Fernando Pinto disse que "90% do caminho foi feito", faltando a aprovação da ANAC, que se pronunciará sobre a titularidade e controlo accionista do consórcio Atlantic Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman, e um processo de negociação com os bancos, que, referiu, "está em andamento".

"Estou confiante. Acho que em breve teremos boas notícias", acrescentou.

A Autoridade da Concorrência (AdC) aprovou a 02 de Outubro a venda de 61% do capital da TAP ao consórcio Atlantic Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman, considerando que o negócio não cria entraves significativos à concorrência.

Em comunicado, a Concorrência anuncia que "adoptou uma decisão de não oposição à operação de concentração que consiste na aquisição do controlo conjunto", pela HPGB controlada por Humberto Pedrosa e pela DGN detida exclusivamente por David Neeleman, sobre a TAP.

"A AdC decidiu não se opor à operação por considerar que dela não resultarão entraves significativos à concorrência efectiva nos mercados relevantes identificados, uma vez que nenhuma das partes adquirentes tem actividade nas rotas aéreas que a TAP opera, nem existe o risco de eliminação de concorrência potencial sobre a TAP nas rotas para o Brasil", justifica o organismo liderado por António Ferreira Gomes.

A concretização da venda fica agora dependente da aprovação da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), que tem em mãos a análise da titularidade e controlo accionista, isto é, verificar se o controlo efectivo do consórcio cabe a um europeu, isto é, ao empresário Humberto Pedrosa.

Lusa