Todas as projecções dão clara vitória à coligação Portugal à Frente nas eleições deste domingo. Resta apenas uma dúvida: se PSD e CDS chegarão ou não à maioria absoluta, resultado que as projecções da Universidade Católica e da Intercampus dão como possível.
Na sondagem da Universidade Católica para a RTP, PSD e CDS surgem com 45,70% dos votos, à beira da maioria absoluta, ficando-se o PS pelos 31,22%. Como terceira força política aparece o Bloco de Esquerda, com 6,86%, e só depois a CDU, com 5,86%.
A sondagem da Intercampus, divulgada pela TVI, dá a vitória à coligação PSD/CDS, com uma previsão de votos entre os 41,6 e os 36,8% – 106 a 118 deputados. Ou seja, a PàF pode chegar à maioria absoluta.
Já as previsões para o PS apontam para os 33.9% como margem máxima e os 29.5% como margem mínima – 89 a 77 deputados.
O Bloco de Esquerda pode ascender a terceira força política, com 8.4 a 12% dos votos – 15 a 23 deputados.
A CDU tem uma previsão de votos entre os 7 e os 10.3% – entre 20 e 12 deputados.
Os números da Eurosondagem para a SIC dão, também, a vitória à coligação. Entre 36,4 e 40,2% dos votos. Sem maioria absoluta, com menos votos do que os alcançados há quatro anos, mas ainda assim com uma vitória que atribui a Portugal à Frente entre 100 e 108 lugares na Assembleia da República).
O PS de António Costa perde as eleições. Consegue mais votos dos obtidos nas legislativas de 2011, mas que são, ainda assim, insuficientes. A sondagem da SIC prevê que os socialistas consigam entre 29,5 e 33,1% dos votos, correspondendo a entre 84 e 90 deputados.
Uma das surpresas da noite: o BE poderá passar a terceira força política e dobrar a actual representação parlamentar. Pelo menos 16 lugares, mas poderão ser, no limite, 19), possibilitados por uma votação que deverá oscilar entre os 8,1 e os 10,5%.
A CDU não perde muito, mas também não ganhará significativamente. Em suma, os comunistas poderão conquistar entre os 15 e os 18 assentos parlamentares graças ao intervalo entre os 6,8, no mínimo, e os 9,9%, expectativa máxima. Ainda assim é a derrota, quando a coligação PCP-PEV perde o terceiro lugar para os bloquistas.
Outras duas eventuais novidades: quer o PDR de Marinho e Pinto quer o Livre/Tempo de Avançar de Rui Tavares poderão eleger entre um e dois deputados (a melhor perspectiva vai mesmo para o ex-bastonário da Ordem dos Advogados).