Síria. Bombardeamento russo mata sete civis

Síria. Bombardeamento russo mata sete civis


Aviação russa começou ontem a operar na Síria a pedido de Bashar al-Assad.


O bombardeamento por aviões russos de zonas na província síria de Idleb, na noite desta quinta-feira, causou a morte a pelo menos sete civis, um dos quais menor, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Esta organização não-governamental adiantou que quatro dos mortos, entre os quais um menor e uma mulher, perderam a vida após os ataques aéreos russos na vila de Baliun, na região de Yabal Zauya, enquanto os outros três foram mortos em Al Habit.

O Presidente russo, Vladimir Putin, negou hoje que as suas forças estejam a causar baixas civis na Síria. “A primeira notícia sobre vítimas entre a população civil apareceu antes de os nossos aviões terem levantado”, afirmou, considerando as acusações como um “ataque informativo”.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas pediu ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo para evitar vítimas civis na Síria nos ataques que as forças militares começaram a fazer no país. Ban Ki-moon fez o pedido a Serguei Lavrov na reunião que tiveram na sede da ONU.

Um comunicado do gabinete de imprensa da ONU, em que se deu conta da reunião, indicou que o secretário-geral da ONU e o ministro russo falaram sobre “os últimos acontecimentos na Síria, incluindo a campanha contra o (grupo que se designa por) Estado Islâmico e outros grupos terroristas”.

No texto, acrescentou-se que ambos concordaram em que “qualquer ataque aéreo deveria ser realizado em estrita observância das leis humanitárias internacionais e dos direitos humanos”.

A aviação russa começou a operar na Síria na quarta-feira, a pedido do Presidente sírio, Bashar al-Assad.

Porém, dirigentes oposicionistas moderados sírios já disseram que os ataques aéreos russos já causaram dezenas de mortos e pediram à comunidade internacional que pressione o governo de Moscovo para que os interrompa.

Ban Ki-moon disse ainda a Lavrov que os grupos terroristas alvo da campanha militar russa “deveriam ser exclusivamente os incluídos nas resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU”, que tem condenado as ações de grupos como o Estado Islâmico e a Frente Al Nusra.

A ONU pretende também que se acabe com o recurso ao “uso de munições indiscriminadas, como os barris de explosivos”, apontou-se no comunicado.

Lusa